"Já todos percebemos que o atual governo só tem um objetivo e só se move em função de uma preocupação: criar um ambiente favorável à eclosão de uma crise política a curto prazo, fazer-se de vítima e tentar ganhar a seguir umas eleições legislativas", sustentou.
Francisco Assis falava no Grande Encontro Europa, na Alfândega do Porto, que conta com a participação da cabeça de lista do PS, Marta Temido, do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, e do candidato dos socialistas europeus à Comissão Europeia, Nicolas Schmit.
O número dois da lista socialista às europeias alegou que o seu partido tem sido irrepreensível a fazer oposição ao atual governo da Aliança Democrática (AD).
"As eleições europeias não são a segunda volta das legislativas, porque isso era desvalorizar a componente europeia destas eleições, mas era um bom sinal, no plano nacional, que o PS ganhasse estas eleições", apelou.
Ao longo da sua intervenção, o candidato a eurodeputado realçou o papel de Mário Soares, António Guterres, José Sócrates na reaproximação à Europa, dando o maior destaque ao antigo primeiro-ministro, António Costa, que "nunca errou nas questões europeias".
"E foi porque nunca errou, e não estou a dizer que errou nas outras, mas nunca errou porque nunca teve dúvidas. Porque assumiu claramente a sua opção europeia, assumindo-se uma referência fundamental hoje na vida política União europeia",sustentou.
Francisco Assis aproveitou ainda a ocasião para assinalar que "hoje os principais inimigos da Europa não estão fora da Europa".
"Estão aqui dentro da Europa e são eles próprios europeus", alegou, apontando o dedo à extrema-direita, que diz ser o grande inimigo nestas eleições.
Já o presidente da Federação do Porto do PS, Eduardo Vítor Rodrigues, a quem coube abrir o encontro, evidenciou a importância das eleições de dia 09, sublinhando que não são apenas para a Europa, mas também para Portugal.
"O povo do distrito do Porto vai dar comparência amanhã [domingo], no voto antecipado, e no próximo domingo, para dizermos que não somos apenas um país que gosta da Europa por causa PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], concluiu.
[Notícia atualizada às 19h28]
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