"Questão menor". IL desvaloriza polémica sobre consultora privada

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou hoje a polémica sobre a consultora privada envolvida no plano de emergência para a saúde uma "questão menor" e uma forma do secretário-geral do PS "retomar a agenda que tem perdido".

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
02/06/2024 19:28 ‧ 02/06/2024 por Lusa

Política

Eleições europeias

"Eu penso que isso é mesmo uma questão menor. Parece-me que Pedro Nuno Santos [secretário-geral do PS] está a tentar arranjar aqui um motivo qualquer para retomar uma agenda que tem perdido e uma liderança que tem perdido nesta campanha eleitoral", afirmou Rui Rocha.

Durante um lanche com a comunidade ucraniana no parque da Paz em Almada, no distrito de Setúbal, onde esteve a acompanhar o candidato da IL às eleições europeias, João Cotrim de Figueiredo, Rui Rocha foi questionado sobre a polémica entre o PS e o Governo PSD relativamente à contratação de uma consultora privada para a elaboração do plano de emergência para a saúde anunciado na semana passada.

O líder liberal referiu que o que o preocupa é o plano de saúde em si e não propriamente se foi paga uma determinada importância a uma consultora para organizar informação.

Desvalorizando a questão, Rui Rocha frisou que o Governo PS recorreu várias vezes a entidades privadas para organizar informação e preparar dossiês e projetos.

"O plano é que me parece francamente insuficiente, eu acho que essa é a crítica que vale a pena fazer", disse.

Segundo Rui Rocha, o plano de saúde "não vai resolver as questões fundamentais do acesso à saúde dos portugueses porque pressupõe uma coisa que está errada que é só recorrer aos privados e ao setor social quando o Serviço Nacional de Saúde (SNS) falha".

Na sua opinião, isso poderia fazer algum sentido "num cenário em que o SNS funciona bem normalmente e falha por exceção", mas o SNS "não está a funcionar bem".

E acrescentou: "Dizer aos portugueses que só podem recorrer a outros prestadores privados ou sociais quando o SNS falha é condenar centenas de milhares de portugueses a um acesso limitado à saúde ou dizer-lhes que vão ter de estar em sofrimento até chegar à conclusão que o SNS falhou".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu hoje que a questão colocada pelo secretário-geral do PS sobre a eventual utilização de uma consultora privada no plano estratégico para a saúde não tem "pés nem cabeça".

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, questionou no sábado o Governo sobre se alguma empresa privada na área da consultoria esteve envolvida na elaboração do plano de emergência para a saúde, como foi contratada e a que informação do SNS teve acesso.

Leia Também: Participação de privados no plano para a Saúde domina dia de campanha

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