Durante uma arruada pelo centro de Coimbra, no penúltimo dia de campanha do PS para as eleições europeias de domingo, Marta Temido foi questionada sobre a decisão hoje anunciada pelo BCE de fazer a primeira redução da taxa de juro desde março de 2016.
"É uma boa notícia. Era algo que já vinha sendo esperado há muito tempo, que confirma aquilo que era a expectativa de que conseguíssemos de facto que o BCE tivesse uma decisão que pudesse acompanhar aquilo que é controlo da inflação", respondeu.
Segundo a candidata do PS, desde o início desta crise inflacionista que os socialistas têm referido que "talvez a subida das taxas de juro não fosse a melhor forma de controlar esta inflação que tinha uma origem específica".
"É uma boa notícia e congratulamo-nos", enfatizou.
Sobre o facto do BCE não se comprometer com novas descidas no futuro, Marta Temido defendeu que esta é uma "entidade independente e os socialistas europeus não põem em causa a independência do BCE".
"O que nós entendemos, e temos dito isso várias vezes no contexto de campanha, é que devemos discutir política monetária e devemos discutir as causas desta crise e aplicar medidas correspondentes", apontou.
O BCE desceu hoje em 25 pontos base as três taxas de juro diretoras.
A taxa fixa de operações principais de refinanciamento recuou para 4,25%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez desceu para 4,5% e a de facilidade permanente de depósito para 3,75%.
Num comunicado hoje divulgado depois da reunião de política monetária, o conselho do BCE afirma que, "com base numa avaliação atualizada das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária, é agora apropriado moderar o nível de restritividade da política monetária, após as taxas de juro terem sido mantidas constantes durante nove meses".
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