"Todas as projeções indicam que irá haver uma diminuição substancial da abstenção nestas eleições, o que significa que, sendo ainda um nível bastante elevado e muito superior ao das legislativas, os portugueses compreenderam a importância destas eleições", considerou José Gusmão, 'número dois' da lista do BE às eleições europeias.
O dirigente bloquista reagia, no Fórum Lisboa, à taxa de abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu, que ficou entre 58,6% e 64,5%, de acordo com as projeções televisivas, em território nacional.
Para José Gusmão, nestas eleições europeias houve um debate muito forte, muito intenso sobre políticas europeias e obviamente sobre políticas do país", admitindo que a "inovação nos procedimentos de votação", que permitiram que um cidadão se pudesse dirigir a qualquer mesa de voto em Portugal ou no estrangeiro, "terão contribuído" para estes valores de abstenção.
A cabeça de lista, Catarina Martins, e a coordenadora do partido, Mariana Mortágua, já se encontram no local escolhido pelo BE como quartel-general para esta noite.
A sondagem da RTP/Universidade Católica aponta para uma taxa de abstenção entre 60% e 63%.
Já uma projeção da TVI/CNN estima uma taxa de abstenção entre 58,6% e 64,5%.
Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, pelas 19:00, numa altura em que estavam encerradas as urnas em Portugal Continental e no Arquipélago da Madeira, a afluência às urnas era de 36,4%, o que representa uma taxa de abstenção de 63,6%.
Há cinco anos, Portugal viu a taxa de abstenção em eleições europeias atingir quase 70%, uma participação eleitoral que registou mínimos históricos desde as primeiras eleições para o Parlamento, em 1987.
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