PSD e CDS da Madeira defendem criação de circulo eleitoral das regiões

Os líderes do PSD e CDS-PP da Madeira destacaram a vitória que a Aliança Democrática (AD) alcançou nas eleições europeias de hoje nesta região autónoma e defenderam a criação de um círculo eleitoral para as regiões ultraperiféricas portuguesas.

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Lusa
09/06/2024 22:20 ‧ 09/06/2024 por Lusa

Política

Eleições europeias

O presidente social-democrata madeirense, Miguel Albuquerque, salientou que após vários atos eleitorais, nomeadamente as legislativas regionais antecipadas de 26 de maio, o partido teve uma "excelente vitória" nas europeias de hoje.

Na sede regional do PSD, junto do presidente do CDS-PP e da candidata desta região, Rubina Leal, Albuquerque salientou que a AD ganhou em "51 das 54 freguesias da Madeira" e "em 10 dos 11 concelhos" deste arquipélago, tendo reunido mais 300 votos que no último sufrágio para o Parlamento Europeu, em 2019.

Segundo o líder social-democrata madeirense, estes resultados evidenciam que o PSD continua "a recolher confiança da larga maioria dos madeirenses e porto-santenses", apesar de pela primeira vez não ter um candidato em lugar elegível nas listas do partido.

"Eu votei contra a lista que foi apresentada [pelo PSD nacional] e aqui [na Madeira] ganhamos as eleições. Espero que a AD lá ganhe", disse.

Para Miguel Albuquerque, a Madeira "foi alvo de um erro" porque o PSD não colocou um candidato representante da região em lugar elegível. A candidata Rubina Leal surgiu em nono lugar na lista.

Por seu turno, o líder do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, destacou o "estupendo resultado de Rubina Leal" nestas eleições, opinando que os dados "demonstraram que a ligação entre PSD e CDS está forte, recomenda-se".

O responsável centrista acrescentou que, numa leitura regional dos resultados avançados até ao momento, "está robustecido acordo parlamentar para dar estabilidade política à região" celebrado entre os dois partidos após as eleições regionais.

Rodrigues apontou que o "PS volta a ser um derrotado" na Madeira, porque ficou "abaixo dos 30% "e não conseguiu "captar votos do partido irmão JPP (Juntos Pelo Povo)", partidos que tentaram um entendimento para um alternativa de governo na Madeira e afastar o PSD, um projeto que foi rejeitado pelo representante da República.

"Tiramos ilação: é preciso mudar (...) para que haja um círculo pela Madeira e os Açores ao Parlamento Europeu", sublinhou José Manuel Rodrigues, vincando que "a Madeira e os seus interesses não podem estar ao sabor dos diretórios nacionais dos partidos".

No seu entender, "os resultados bons do centro-direita na Madeira" permitem exigir o cumprimento, junto da União Europeia, do Estatuto da Ultraperiferia que está inscrito no Tratado Europeu.

Quanto à candidata madeirense da AD, Rubina Leal, realçou que estas europeias registaram na Madeira uma "maior adesão que em 2019", tendo os madeirenses dado uma "vitória clara e inequívoca ao projeto da AD"

"Foi o melhor resultado de sempre nas eleições europeias" na Madeira, vincou, defendendo que "não pode continuar a ser o centralismo em Lisboa a decidir se os representantes da Madeira vão ou não em lugar elegível".

Também declarou: "Temos de defender um circulo eleitoral para a RUP (Regiões Ultraperiferias), anunciando que pretende apresentar um caderno de encargos "a todos os candidatos da lista da AD com todas as ideias propostas e temas importantes para a Madeira e que importam defender no Parlamento Europeu".

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