Mortágua afirma que BE "resiste" e salienta "derrota da extrema-direita"

A coordenadora do BE considerou no domingo que "tal como nas legislativas" de março, o partido resiste ao eleger Catarina Martins para o Parlamento Europeu, assinalando a "derrota da extrema-direita como um dos grandes dados da noite".

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© Flickr/ Esquerda.net/ Ana Mendes

Lusa
10/06/2024 00:24 ‧ 10/06/2024 por Lusa

Política

Europeias

"Tal como nas legislativas, o BE resiste e garante a sua presença no Parlamento Europeu. E na União Europeia como em Portugal, no Parlamento Europeu como na Assembleia da República, sabem que contam com o BE e sabem para que é que contam com o BE", considerou Mariana Mortágua domingo à noite, na reação aos resultados das eleições europeias, no Fórum Lisboa.

A coordenadora falava ao lado da cabeça de lista do BE às europeias e ex-líder do partido, Catarina Martins, momentos antes de o 'site' da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) confirmar oficialmente a eleição de um mandato bloquista - que perde um lugar face a 2019.

Mariana Mortágua saudou o PS pela vitória nestas eleições e lamentou "uma viragem à direita", à semelhança do que aconteceu nas legislativas de março, salientando que face às europeias de 2019 a direita passou de "sete para 11 mandatos".

Contudo, a líder bloquista salientou "uma reconfiguração" à direita.

"Há uma reconfiguração dentro da direita e que passa por derrota da extrema-direita face aos resultados das legislativas e não podemos deixar de apontar essa perda como positiva, porque quer sempre dizer que essa extrema-direita do ódio e da violência está em perda e queremos assinalá-lo como um dos grandes dados da noite", sublinhou.

A líder do BE foi interrogada sobre o facto de o partido não ter alcançado o objetivo traçado por si durante a campanha, de manter os dois eurodeputados, tal como em 2019.

"O BE não cumpriu o objetivo de manter a sua representação [dupla] no Parlamento Europeu mas, assim como aconteceu nas legislativas, resistimos, e estamos aqui para fazer uma batalha muito importante porque neste momento é tão importante quando por toda a Europa a esquerda vai regredindo, quando há uma viragem à direita, é tão importante saber que há estes partidos determinados, que há esta força que é também a força do futuro e de tantas causas, e que está representada no Parlamento Europeu", respondeu.

Apesar de saudar os resultados da extrema-direita a nível nacional, Mariana Mortágua reconheceu que foi "uma noite difícil para a esquerda na União Europeia" e que por essa razão "é preciso resistir à extrema-direita e mais do que isso é preciso construir uma alternativa".

A coordenadora do BE garantiu que o partido está "empenhado em todas as articulações com outros partidos de esquerda, com outros movimentos sociais" num processo "de articulação, de trabalho conjunto, sem nenhum sectarismo, com toda a abertura como sempre", com o objetivo de combater a extrema-direita.

"O entusiasmo que hoje se sente nesta sala é o de uma esquerda que quer ir à luta, que quer resistir, construir alternativas, quer mostrar que está aqui para fazer toda a luta", garantiu.

De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), com 99,59% dos votos contabilizados, o BE obteve 4,25 % dos votos, correspondente a 167.705 boletins. Elegeu Catarina Martins como eurodeputada, perdendo um mandato face a 2019, ano em que elegeu Marisa Matias e José Gusmão.

[Notícia atualizada às 01h00]

Leia Também: BE mantém representação após "eleição difícil", diz Catarina Martins

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