PGR? "Que ninguém se esqueça que a política de justiça é definida na AR"
Pedro Nuno Santos comentou a entrevista da Procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, esta segunda-feira, na RTP.
© Flickr/ PS
Política Pedro Nuno Santos
O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, comentou esta segunda-feira a ida de Lucília Gago à RTP, antes da sua ida à Assembleia da República, dizendo que não tem "problema nenhum" com a entrevista, mas que há espaços mais adequados para falar aos portugueses.
"A Assembleia da República (AR) é um dos órgãos mais importantes da vida democrática e deve ser respeitada por todos os órgãos. Temos falado e vamos falando em separação de poderes, mas que ninguém se esqueça que a política de justiça é definida no Parlamento. Por isso, temos de olhar todos com respeito para a AR - que representa o povo português - e aceitar o direito de fazer as perguntas que entender sobre matéria de política de justiça", afirmou Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Escola Básica e Secundária de Vila Rei.
"Não se pode exigir ao PS que esteja a votar a favor de matérias com as quais discorda"
Entretanto, não perdeu a oportunidade de deixar umas 'farpas' ao Governo da Aliança Democrática (AD) e ao primeiro-ministro Luís Montenegro, acusando-os de "não ter nenhuma vontade de ceder em matérias que são essenciais para nós".
"Não se pode exigir ao PS que esteja a votar a favor de matérias com as quais discorda profundamente, desde logo quando o Governo e o primeiro-ministro dão mostras de não ter nenhuma vontade de ceder em matérias que são essenciais para nós. Por isso, se não estão disponíveis para ceder, então têm de procurar [apoio] noutro sítio", declarou o líder socialista.
"Se há vontade de dialogar, de negociar, é bom que se deem sinais nesse sentido, senão são só palavras e não resolve problema nenhum", salientou ainda.
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