"A razão pela qual eu me candidato é porque eu entendo que nós, apesar de termos conseguido muito - o PS tem maioria em 6 das 13 câmaras municipais do distrito -, podemos conseguir ainda mais", disse André Pinotes Batista à agência Lusa, poucas horas depois de apresentar aquela que é, até agora, a única candidatura à liderança da federação distrital socialista.
"O Partido Socialista só não vai disputar eleições no distrito de Setúbal, nos concelhos onde o Partido Socialista não quiser, porque as condições naturais e sociológicas estão cá", acrescentou.
André Pinotes Batista não garante que o PS ganhe as 13 câmaras municipais no distrito, mas acredita que o partido tem condições para apresentar bons candidatos e para disputar as eleições autárquicas em todos os concelhos.
"Não há nenhuma câmara que seja inatingível, a não ser que o próprio Partido Socialista não faça as coisas como deve fazer. E esse será um pouco o papel que o presidente da Federação", frisou o candidato à liderança do PS no distrito de Setúbal.
Para André Pinotes Batista, há muitos quadros que passaram pelos governos socialistas, bem como muitos independentes próximos do partido, que é preciso mobilizar antes das eleições, e não apenas no momento das eleições autárquicas, para uma "renovação que não provoque roturas e que dê um novo impulso ao PS no distrito de Setúbal".
Caso seja eleito, André Pinotes Batista sucede ao atual presidente da Federação Distrital de Setúbal do PS, António Mendes, a cumprir o terceiro mandato consecutivo, pelo que não poderá recandidatar-se ao cargo nas próximas eleições, previstas para setembro.
Na última década, o PS conquistou várias câmaras municipais do distrito de Setúbal à CDU, a coligação liderada pelo PCP que após a revolução de abril de 1974 chegou a ter maioria nos 13 municípios da região.
Atualmente o PS tem maioria em seis câmaras municipais do distrito -- Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Sines -, apenas menos uma do que a CDU, que continua a ser a força política maioritária nos municípios de Seixal, Sesimbra, Palmela, Setúbal, Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém.
Leia Também: Chega quer medidas do Governo para limitar acesso de estrangeiros ao SNS
