"Tudo isto [o debate e votação do Orçamento] acaba por ser um teste ao Governo Regional, mas também aos partidos da oposição, nomeadamente àqueles que viabilizaram a moção de confiança ao Governo", avisou o líder da estrutura regional do PS, Paulo Cafôfo.
O Programa do governo minoritário social-democrata para a legislatura 2024-2028 foi aprovado em 04 de julho com 22 votos favoráveis, divididos por PSD (19 deputados), CDS-PP (dois) e PAN (um), 21 votos contra do PS (11 eleitos), JPP (nove) e de uma deputada do Chega, e quatro abstenções, sendo três do Chega e uma do deputado único da IL.
Em declarações aos jornalistas, o dirigente socialista disse que as propostas validadas hoje pela comissão política, que decorreu na sede do partido, no Funchal, visam no essencial a melhoria dos rendimentos, a melhoria dos serviços públicos e a melhoria das condições de vida dos madeirenses e dos porto-santenses.
"Não vamos apresentar só medidas que visem essas três áreas, vamos também apresentar [propostas para] a redução de despesa, ou seja, as gorduras que consideramos que o Governo Regional tem, porque estamos a falar de uma ineficiência da despesa que por vezes é feita", adiantou.
Paulo Cafôfo disse ainda que o sentido de voto do partido vai depende da "reação" e da "postura" do Governo Regional e do PSD.
"Nós reduzimos substancialmente as medidas que em orçamentos anteriores apresentámos, ou seja, há uma intencionalidade de não apresentar demasiadas medidas também para dar oportunidade de o Governo poder ter oportunidade de avaliá-las mas, acima de tudo, de integrá-las no Orçamento regional", explicou.
As propostas de Orçamento da região, no valor de 2.195 milhões de euros, e do Plano de Investimentos para 2024, orçado em 877,9 milhões de euros, vão ser debatidas na Assembleia Legislativa a partir de quarta-feira, estando a votação final global agendada para sexta-feira.
Leia Também: IL anuncia voto contra Orçamento da Madeira por ser "despesista"