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Venezuela? "Quem vai decidir o resultado das eleições são os militares"

O antigo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas considerou que "não haverá nenhuma mudança sem uma alteração e sem uma posição dos militares venezuelanos".

Venezuela? "Quem vai decidir o resultado das eleições são os militares"
Notícias ao Minuto

08:39 - 01/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Miguel Relvas

O antigo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas comentou, na noite de quarta-feira, a situação política na Venezuela, argumentando que "cheira a batota" nas eleições do passado domingo, em que o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor, apesar das críticas da oposição.

 

"Acabo de ouvir Juan Guaidó [opositor venezuelano] a alertar para o dramatismo da situação, que vai durar enquanto os militares assim o entenderem. Quem vai decidir o resultado destas eleições e a consequência delas são os militares, e os militares ainda estão a apoiar, não sei por quanto tempo, Maduro", disse Relvas na CNN Portugal.

No mesmo comentário político, o antigo ministro argumentou que "não haverá nenhuma mudança sem uma alteração e sem uma posição dos militares venezuelanos".

Miguel Relvas também aproveitou para afirmar que "houve uma evolução na posição do Brasil" sobre a Venezuela, até porque "o processo violento e próximo de guerra civil na Venezuela é preocupante para o Brasil pela dimensão da sua fronteira e pelo que significa nalguns estados brasileiros".

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O país foi a votos no domingo e o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor. Desde então, registaram-se manifestações em vários pontos do país, resultando em pelo menos 11 mortes e quase 750 detidos.

José Miguel Pires | 08:08 - 31/07/2024

Recorde-se que milhares de cidadãos protestam desde segunda-feira contra o resultado emitido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Maduro vencedor por pouco mais de 704.114 votos contra González Urrutia, quando ainda faltavam contar mais de dois milhões de boletins, o que poderia alterar os resultados finais.

O Governo classificou as manifestações "de terroristas", tendo detido mais de 1.200 pessoas, segundo dados oficiais. Além disso, responsabilizou pelas ações González Urrutia e Machado, que, disse Maduro, "deviam estar atrás das grades".

O Centro Carter, que participou como observador nas eleições, disse na terça-feira que o processo "não se adequou" aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e, por isso, esta "não pode ser considerada uma eleição democrática".

Leia Também: Líder da oposição acusa Maduro de escolher caminho "da repressão"

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