O líder do Chega, André Ventura, defendeu, esta segunda-feira, que o sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter registado ao largo de Sines "merece a reflexão de todos" e anunciou que o partido irá pedir "com urgência" que o Estado faça um "levantamento de todas as estruturas onde é necessário fazer" um reforço sísmico.
"Que tenhamos todos a noção de que o aconteceu hoje merece a reflexão de todos - em primeiro lugar, obviamente, dos dirigentes e responsáveis políticos - sobre o que podem fazer e o que o país não tem feito nos últimos anos", explicou em declarações aos jornalistas, em Penafiel.
Lembrando que no ano passado o Chega apresentou no Parlamento projetos de lei relacionados com o "reforço sísmico das infraestruturas", Ventura afirmou que "os eventos desta noite" são um lembrete "da necessidade de ter esse reforço preparado".
"Pode acontecer a qualquer momento, quando menos esperamos e o país tem de estar preparado", atirou.
"O Chega vai pedir na Assembleia da República não só a reativação do grupo de trabalho sobre a prevenção sísmica e vamos pedir com urgência que o Estado português faça um levantamento de todas as estruturas onde é necessário fazer esse reforço. Não apenas em Lisboa ou Setúbal, mas nas zonas mais densamente povoadas e mais expostas a risco sísmico", acrescentou, defendendo que o "dever dos políticos" é "antever e prevenir as crises" de forma a "evitar que os riscos aconteçam".
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05h11 desta segunda-feira e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, não tendo causado danos pessoais ou materiais, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O sismo já teve, entretanto, três réplicas, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
"Até à data foram sentidas mais três réplicas. A primeira com magnitude 1,2, a segunda 1,1 e a terceira 0,9. Se se voltar a justificar emitiremos novos avisos e comunicados", adiantou o comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, num briefing, às 08h00.
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