Sebastião Bugalho, eurodeputado eleito pela Aliança Democrática (AD), discursou, esta terça-feira, na Universidade de Verão do PSD, sobre a incerteza na Europa e sobre a necessidade de competir com os seus rivais, "sem abdicar dos seus princípios".
"Foram precisos 10 anos de crises quase contínuas, ainda que diversas, para a Europa acordar para aquilo que tinha de fazer, depois de os seus rivais o terem feito", destacou Sebastião de Bugalho, no início do seu discurso.
Desta forma, defendeu que, na próxima década, o continente terá de fazer "todas essas coisas" que deixou "por fazer", "sem abdicar dos seus princípios".
"A Europa nunca invadirá um país. A Europa nunca fará confinamentos forçados. A Europa não fará ensaios de mísseis balísticos em cima de território alheio. A Europa nunca será uma potência belicista, nunca será catalisadora de uma guerra comercial. A Europa nunca violará as liberdades individuais dos seus homens, mulheres e crianças. Isso é garantido. Nós somos um continente previsível", enumerou.
Para o eurodeputado, esta previsibilidade traz "investimento", mas também uma "desvantagem": "Os outros têm armas que nós nunca vamos ter".
"A Europa vai ter de acordar", defendeu, frisando que a Europa "vai ter de regular", mas também "vai ter de criar". Além disso, terá de "crescer para poder investir na defesa".
"Como é que a Europa consegue sobreviver num mundo sem regras, quando ela não quer prescindir da suas próprias regras? Este é que é do desafio fundamental", completou.
Recorde-se que a Universidade de Verão do PSD arrancou, na segunda-feira, em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre.
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