Sob o lema "A Força do Progresso", Pedro Nuno Santos fez o discurso de `rentrée´ política numa sala cheia e com muitas pessoas de pé, em Tomar, Santarém.
O secretário-geral socialista considerou que o PS "é a maior força política autárquica do país", manifestando orgulho nos autarcas e no trabalho que feito junto das populações.
Num "ano de trabalho intenso para todos os socialistas", o líder do PS deixou claro qual o objetivo do seu partido: "voltar a ganhar as eleições autárquicas", ato eleitoral que se realizará em 2025.
Nas anteriores autárquicas, em 2021, o PS venceu cm 34% dos votos.
Depois de na noite eleitoral das eleições europeias ter anunciado o lançamento de "estados gerais" para construir alternativa ao Governo, Pedro Nuno Santos estabeleceu hoje um calendário para esta iniciativa.
"Logo que seja ultrapassada a discussão e votação do Orçamento do Estado, lançaremos os estados gerais que permitirão abrir o PS a novas pessoas e a novas ideias", disse.
Esta iniciativa, segundo o líder socialista, vai permitir aos socialistas "estar nas empresas, nas escolas, nos hospitais, na rua a ouvir e a aprender", sendo "um primeiro passo para um partido renovado, mais próximo dos portugueses, capaz de reconquistar a sua confiança".
Durante a sua intervenção, Pedro Nuno Santos recusou o que classificou como "a mentira" do Governo de Luís Montenegro sobre o país que herdou dos socialistas.
Pedro Nuno Santos admitiu que o PS não resolveu todos os problemas e considerou que devia ter "ido mais longe", por exemplo, na administração pública.
"É verdade, os governos do PS não resolveram todos os problemas do país. Nenhum Governo pode seriamente ambicioná-lo. Sim, alguns problemas agudizaram-se durante a nossa governação, porque a realidade é dinâmica e não cabe em `powerpoints´, algo que este governo já começou a perceber no caso da saúde, por exemplo", disse.
O secretário-geral do PS afirmou não esquecer o país que o Governo então liderado por António Costa encontrou e recusa que se construa a história do atual executivo "a partir de uma mentira sobre o país que herdaram".
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