Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas durante o terceiro e penúltimo dia da Festa do Livro no Palácio de Belém, uma iniciativa que lançou em 2016, no seu primeiro ano de mandato, em colaboração com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Segundo o Presidente da República, esta sétima edição anual - em 2020 e 2021 a Festa do Livro não se realizou, por causa da pandemia de covid-19 - está a ultrapassar as expectativas, pelo número de visitantes, e "quem está a liderar são crianças e jovens", desta vez com um público "mais internacional".
O chefe de Estado planeia um formato "mais condensado" para a próxima e última edição, em 2025: "Tentaremos, quer do ponto de vista de livros, quer do ponto de vista de música, escolher, é difícil dizer o melhor do melhor, mas quer dizer, uma boa despedida".
Nesta ocasião, o Presidente da República voltou a insistir que "é fundamental para o país haver Orçamento" aprovado para 2025, reiterando que os portugueses não querem uma crise política e manifestando esperança no "bom senso" dos políticos.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou novamente o seu exemplo, referindo que quando liderou o PSD viabilizou três orçamentos ao então Governo minoritário do PS, que era chefiado por António Guterres.
"Ainda falta tempo e neste tempo eu acredito que vai haver uma boa vontade grande para poupar o país experiências de crise política. Eu acho que era preferível não haver", declarou, sem adiantar o que tenciona fazer em caso de chumbo do Orçamento.
O chefe de Estado recusou, uma vez mais, comentar o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre as contas da TAP, em termos jurídicos ou políticos, tendo em conta que "o processo foi entregue no Ministério Público".
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