Martim Moniz? "Governo é um perigo. PSP não pode ser instrumentalizada"

Eduardo Cabrita considera que o atual Governo é "criador de insegurança" no país.

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Cátia Carmo
20/12/2024 21:03 ‧ 20/12/2024 por Cátia Carmo

Política

Eduardo Cabrita

O antigo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vê como "fundamental" que as forças de segurança tenham "intervenção regular" para que Portugal se mantenha no "top dez de países mais seguros do mundo", mas não concorda com o caminho que está a ser seguido pelo Governo como "criador de insegurança".

 

"Nas últimas semanas temos tido ações policiais que são protagonizadas pelo próprio primeiro-ministro e com um modelo desajustado. Não o vejo a fazer intervenções deste tipo sobre violência doméstica, que é o crime mais reportado em Portugal ou sobre a violência promovida todos os fins de semana pelas claques de futebol. Dá a cara por uma intervenção que parecia uma ocupação militar de uma zona que conheço bem, trabalho perto", afirmou Eduardo Cabrita em declarações à RTP.

Na opinião de Eduardo Cabrita, a situação não exigia tanto aparato. Até porque "acaba com duas detenções" e "qualquer operação de trânsito banal tem resultados mais significativos".

"As ações policiais são necessárias em todo o território nacional, mas cria-se uma ideia de que há um perigo em torno de migrantes. Esse é um discurso absurdo. A PSP não pode ser instrumentalizada partidariamente como está a ser por Luís Montenegro", defendeu o antigo ministro da Administração Interna.

Questionado sobre o que deve acontecer a seguir aos responsáveis pela pasta da Administração Interna, Eduardo Cabrita respondeu que "a responsabilidade política é do primeiro-ministro".

"O primeiro-ministro está a transformar-se num fator de insegurança. Sinto-me envergonhado com o que aconteceu ontem", afirmou.

O ex-ministro considerou também estranho que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ainda não tivesse visto as imagens esta sexta-feira.

"O Governo é um perigo para a segurança dos portugueses e o Presidente da República, que fala sobre tudo à primeira perceção, desta vez é estranho que não tenha visto as imagens que ofendem os portugueses. Queria manifestar a minha solidariedade com os oficiais e agentes da PSP que estão a ser instrumentalizados pelo primeiro-ministro. É muito estranho que, hoje, o Presidente ainda não tenha visto as imagens", acrescentou Eduardo Cabrita.

Leia Também: PCP considera ação no Martim Moniz "operação de marketing e propaganda"

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