A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs hoje a atribuição da pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento à comissária nomeada por Portugal.
"Esta indicação é, sem dúvida nenhuma, uma mais-valia para Portugal, uma mais-valia para a Europa e o acerto da escolha do Governo nesta personalidade", defendeu a vice-presidente da bancada do PSD Regina Bastos, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Para a deputada, a pasta agora proposta à antiga ministra das Finanças "é a prova provada" de que foi nomeada pelo Governo "uma personalidade com capacidade técnica e política incontestáveis".
"Esta pasta é importantíssima para a Europa, para o momento que a Europa vive, mas também é muito importante para Portugal. Ela vai representar, neste mandato, a concretização de um objetivo muito importante de há anos, que é a união de mercados capitais e vai ter um papel crucial na competitividade da economia europeia", considerou.
Questionada se teme que o recente relatório da Inspeção Geral das Finanças sobre o processo de privatização da TAP, em 2015, prejudique a antiga ministra das Finanças do PSD no processo de audições pelo Parlamento Europeu, Regina Bastos afastou qualquer problema.
"O perfil da comissária Maria Luís Albuquerque é tecnicamente impoluto, rigoroso e correspondeu àquilo que na altura eram as exigências da própria Europa, e da União Europeia em particular, na implementação das medidas que foram absolutamente necessárias para que o país saísse da bancarrota e se relançasse numa etapa seguinte mais estável e de menos sacrifícios para os portugueses", defendeu.
A deputada do PSD considerou que não haveria "uma pasta que fosse tão adequada ao perfil da Maria Luís Albuquerque", salientando que a antiga governante dedicou a sua vida profissional, quer no setor público quer no privado, às áreas das finanças, da economia e do investimento.
"A presidente da Comissão Europeia não teve dúvidas de que o perfil da ex-ministra das Finanças de Portugal, Maria Luís Albuquerque, agora com este portfólio tão importante, será uma figura importantíssima para fazer a União Europeia e a economia europeia progredirem", afirmou.
Maria Luís Albuquerque, 57 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da 'troika', sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.
É membro do Conselho Nacional do PSD -- segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e integrava, até agora, o Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.
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