A fuga dos cinco reclusos motivou a demissão do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, e a ministra da Justiça a anunciar auditorias ao sistema, numa conferência de imprensa três dias após a fuga, tendo Rita Alarcão Júdice justificado o silêncio com a necessidade de dar espaço à investigação e de não contribuir para criar ruído de fundo.
A ministra ordenou uma auditoria urgente à segurança dos 49 estabelecimentos prisionais do país, pedida à Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça e que deve ficar concluída até ao final do ano, e uma outra auditoria de gestão ao sistema prisional para avaliar a organização e afetação de recursos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e de todos os estabelecimentos prisionais do país, "necessariamente mais demorada" e que ajudará à tomada de decisões.
O Governo aguarda também o desfecho de outras investigações em curso e do processo de auditoria que está a ser levado a cabo pelo serviço de auditoria e inspeção da DGRSP, cujo trabalho deverá estar concluído dentro de um mês.
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