Líder da JSD acusa Pedro Nuno Santos de ser "pouco fiável"

O líder da JSD, João Pedro Louro, acusou hoje o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de ser "pouco fiável" e de não estar "à altura de certos líderes de associações de estudantes".

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© Flickr PSD

Lusa
19/10/2024 17:47 ‧ 19/10/2024 por Lusa

Política

PSD/Congresso

Num discurso durante o 42.º Congresso Nacional do PSD, que se realiza este fim de semana em Braga, João Pedro Louro elogiou o "espírito reformista" e "a pensar no futuro das novas gerações" do atual executivo, manifestando a esperança de que "seja possível continuar a governar".

 

"Sim, porque apesar do anúncio recente de que o PS viabilizaria este orçamento, a verdade é que Pedro Nuno Santos já nos demonstrou que é pouco fiável", acusou, antes de abordar declarações do comentador televisivo José Miguel Júdice, que afirmou que "Pedro Nuno Santos nunca deixou de ser líder de uma associação de estudantes".

"Quero aqui dizer-vos: quem me dera que Pedro Nuno Santos estivesse à altura de certos líderes de associações de estudantes que nós conhecemos na JSD. Líderes que mobilizam, que conhecem bem a sua missão e que querem única e exclusivamente construir um sistema de ensino que contribua para o desenvolvimento social e económico do nosso país", afirmou.

Neste breve discurso, o líder da Juventude Social-Democrata (JSD) frisou ainda que o "mercado de trabalho permanece estático", defendendo a necessidade de "flexibilidade, de uma cultura meritocrática, de desbloquear o caminho para uma economia mais competitiva".

"É por isso que propomos olhar para o futuro com a semana de quatro dias de trabalho, uma ideia partilhada por países que já perceberam a importância deste equilíbrio e flexibilidade. Acredito que, provavelmente, estamos certos antes do tempo", referiu.

João Pedro Louro frisou que alguns podem dizer que se trata de "uma medida de esquerda", mas acrescentou que o partido de centro-direita espanhol Partido Popular (PP) já a defende, e rejeitou que possa prejudicar a produtividade, salientando que Portugal já é um dos países "menos produtivos apesar de ser simultaneamente um dos países em que mais horas se trabalha".

"Precisamos por isso de uma discussão séria e abrangente, que responda às várias dimensões deste tema, desde o impacto da inteligência artificial aos benefícios na saúde mental e é esse debate que nós queremos e vamos liderar", pediu.

O líder da JSD disse ainda que encara as próximas eleições autárquicas, em 2025, como "a oportunidade de reacender a chama social-democrata" nas autarquias e disse que o PSD pode contar com a ajuda dos jovens sociais-democratas para "alcançar uma grande vitória eleitoral".

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