PAN diz que reorganização das urgências falha nas questões "essenciais"

O PAN considerou hoje que o plano de reorganização para as urgências de obstetrícia e pediatria apresentado pelo Governo "não dá resposta no que é essencial", como o reforço de recursos humanos.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
22/10/2024 17:50 ‧ 22/10/2024 por Lusa

Política

PAN

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, disse que o Governo deve garantir profissionais de saúde "no acompanhamento e nas respostas em matérias de saúde obstetrícia e neonatal, mas também no acompanhamento do pós-parto".

 

"Garantir que temos não só profissionais como ao longo de todo o percurso temos um parto humanizado e respostas de saúde de proximidade da população", defendeu a deputada.

Para Sousa Real, a linha SNS Criança criada pelo Governo para desviar das urgências pediátricas os casos não urgentes, enviando-os para consultas agendadas nos centros de saúde, é uma medida "manifestamente insuficiente para a dimensão do problema que o país enfrenta".

"Ainda hoje ficámos a saber que só na região da Grande Lisboa duplicaram os números de crianças que morrem após o parto nos 28 dias seguintes. Ora, isto não só é preocupante, como revela de facto um subinvestimento que tem existido nesta área nos últimos anos", disse.

A deputada defende que esta resposta que o Governo pretende que seja dada por via telefónica deve ser dada presencialmente.

O PAN defendeu ainda que "não é apenas com o encaminhamento para o privado e com desinvestimento na saúde pública que se vai garantir este tipo de respostas" e, por isso, é necessário dar uma resposta que passe "pela valorização dos profissionais" e a existência de uma "saúde de proximidade".

O plano de reorganização para as urgências de obstetrícia/ginecologia e pediatria vai avançar como projeto-piloto nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Oeste e Península de Setúbal, onde se registam as maiores dificuldades, anunciou hoje a ministra da Saúde.

Segundo Ana Paula Martins, o plano será depois "trabalhado, avaliado e alargado ao resto do país".

"Consideramos que é um grande avanço neste domínio, que já tardava e que precisamos de concretizar a bem da saúde, das grávidas, das crianças e dos adolescentes", disse a ministra antes da apresentação do plano no Ministério da Saúde, em Lisboa.

Neste plano consta ainda a criação de uma Linha SNS Criança para desviar das urgências pediátricas os casos não urgentes, enviando-os para consultas agendadas nos centros de saúde.

Leia Também: PAN espera que viabilização seja oportunidade para "corrigir retrocessos"

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