"Se a polícia atirasse a matar, o país estava em ordem". Eis as reações

Palavras do líder parlamentar do Chega estão a causar polémica nas redes sociais. Várias personalidades, políticas (e não só) já reagiram. "Não é a polícia que defendem. Querem um Estado autoritário", argumentou Brilhante Dias.

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Notícias ao Minuto
24/10/2024 09:53 ‧ 24/10/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Cova da Moura

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, defendeu, na noite de quarta-feira, na RTP3, que, "se calhar, se (os polícias) disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem" - e as reações não demoraram a chegar.

 

Nas redes sociais, muitos são os reagiram às palavras do 'braço direito' de André Ventura, feitas na sequência da morte de um cabo-verdiano, baleado por um agente da PSP, na Cova da Moura, após fugir a uma viatura policial e resistir à detenção.

Entre anónimos e jornalistas, estão personalidades bem conhecidas da sociedade portuguesa, tal como políticos como o deputado socialista Eurico Brilhante Dias, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Fabian Figueiredo, o ex-deputado do PCP Miguel Tiago e o ex-eurodeputado do Bloco de Esquerda (BE) José Gusmão.

"A revelação da verdadeira natureza do Chega espelhada numa frase. Não é a polícia que defendem. Querem um Estado autoritário que possa exercer a força. Meter toda gente na (sua) ordem", tweetou Brilhante Dias.

Já o ex-eurodeputado bloquista José Gusmão defendeu, também na rede social X, que Pedro Pinto incitou "à violência em direto". "Ódio e racismo em horário nobre", atirou.

Também o líder parlamentar do BE, com quem Pedro Pinto debateu o caso morte de Odair Moniz na RTP3, já reagiu nas redes sociais às palavras do seu 'opositor'.

"Pedro Pinto incitou ao cometimento de crimes, em direto, na RTP3, por parte das forças de segurança [...]. O respeito que temos pelas mulheres e homens da PSP e da GNR faz-nos saber que não irão atrás deste apelo do Chega", afiançou o deputado.

Por sua vez, o comunista Miguel Tiago mostrou uma série de notícias a dar conta de crimes cometidos, alegadamente, por deputados do Chega. "Se a polícia atirasse a matar, o país estava em ordem", ironizou na legenda das imagens.

Daniel Oliveira lembrou que a intervenção do deputado do Chega é "séria e realmente perigosa" e não se trata da "disciplina de cidadania".

"Se, como diz a imprensa, o PSD quiser competir com isto para travar ganhos, tenha cuidado para o abismo para onde se atira", vincou.

Leia Também: Agentes contradizem PSP. O que falta esclarecer sobre a morte de Odair

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