PCP promete viabilizar propostas para aumento extraordinário das pensões

O secretário-geral do PCP assegurou hoje que não irá inviabilizar qualquer aumento extraordinário das pensões, mas desafiou o PS a clarificar se também vai acompanhar a proposta dos comunistas que propõe um aumento de 5%.

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Tiago Almeida
21/11/2024 10:39 ‧ há 3 horas por Tiago Almeida

Política

Paulo Raimundo

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a um jardim de infância na Pontinha, em Lisboa, Paulo Raimundo foi questionado sobre o facto de o Chega ter anunciado que se irá abster na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, permitindo a sua aprovação, caso os partidos da esquerda votem a favor.

 

"Tudo aquilo que venha acima daquilo que a lei obriga, é sempre bem-vindo. Portanto, não é por nós que isso será inviabilizado", respondeu Paulo Raimundo.

No entanto, o secretário-geral comunista salientou que a primeira proposta sobre aumento extraordinário das pensões que irá ser votada na especialidade vai ser a do PCP, que propõe um aumento de 5%, com um mínimo de 70 euros para cada pensionista.

"E a pergunta que se tem de colocar hoje, até em função da própria afirmação do Chega - daquilo que eu ouvi, afirmou que ia abster-se em todas as propostas que visassem o aumento das pensões - é o que é que o PS vai fazer, perante a nossa proposta, que é a primeira a ser votada?", disse.

Paulo Raimundo salientou que, se o PS acompanhar a proposta do PCP, no atual enquadramento parlamentar e com o voto do Chega, ela será aprovada.

Confrontado com o facto de o Chega ter dito que só aprovaria propostas que fossem "orçamentalmente responsáveis e que garantam o equilíbrio e a sustentabilidade das contas públicas", Paulo Raimundo defendeu que é o caso da do PCP.

"A nossa proposta prevê, grosso modo, um aumento, face àquilo que está hoje em vigor, de 1.800 milhões de euros. Está dentro da margem orçamental. Ou melhor, é preciso que o Chega vote a outra nossa proposta, que é acabar com os benefícios fiscais", disse, frisando os benefícios fiscais custam atualmente ao Estado precisamente 1.800 milhões de euros.

Leia Também: "Winter is coming". PCP antecipa "problemas" no SNS e culpa Governo

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