"Vergonha começa a mudar de lado". Mortágua agradece "coragem" de Pelicot

Mariana Mortágua afirmou que "a vergonha começa a mudar de lado" após a sentença do ex-marido de Gisèle Pelicot, que foi condenado a 20 anos de prisão por violação agravada.

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Notícias ao Minuto
19/12/2024 12:38 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

Política

Bloco de Esquerda

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, agradeceu, esta quinta-feira, a "coragem" de Gisèle Pelicot, a francesa que foi drogada pelo ex-marido e violada por vários homens durante anos sem saber.

 

"'A vergonha não é nossa, é deles'. Numa frase, Gisèle Pelicot disse tudo", começou por escrever Mariana Mortágua, numa publicação na rede social X, referindo-se a uma declaração da vítima antes de ter sido proferida a sentença do ex-marido e de outros 50 acusados.

"Com a condenação de hoje, a vergonha começa a mudar de lado. Obrigada pela coragem, Gisèle", destacou Mariana Mortágua.

Sublinhe-se que o ex-marido de Gisèle Pelicot, Dominique Pelicot, de 72 anos, foi condenado esta quinta-feira a 20 anos de prisão pelo Tribunal de Avignon, no sul de França, por violação agravada.

Dominique Pelicot, que admitiu ter violado e drogado com ansiolíticos a vítima durante anos para ser violada por dezenas de desconhecidos recrutados na Internet, foi condenado com a pena máxima em França, a primeira sentença do caso proferida contra 51 arguidos, com idades compreendidas entre os 27 e os 74 anos, acusados de agressão sexual e violação.

Gisèle Pelicot: 20 anos de prisão para marido (e quase 50 condenados)

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Homem permitiu violações contra a sua mulher. Todos os arguidos foram considerados culpados, a maior parte de violação agravada. A sentença marca um passo histórico nos julgamentos por violação.

Notícias ao Minuto | 08:56 - 19/12/2024

Os factos em julgamento ocorreram entre 2011 e 2020, primeiro na região de Paris e, a partir de 2013, na casa para onde o casal Pelicot se mudou quando ambos se reformaram, situada em Mazan, uma aldeia de 6.000 habitantes perto de Avignon.

As provas de todos os crimes foram encontradas pela polícia em mais de 20.000 vídeos e fotografias presentes no computador de Dominique em 2020, depois de ter sido detido por filmar por baixo das saias de mulheres num supermercado, que levaram os investigadores a contar 72 violadores, sem conseguir identificar todos.

Leia Também: "Uma provação muito difícil". Após veredito, Gisèle Pelicot já reagiu

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