O deputado do PCP António Filipe pediu, esta quinta-feira, na Assembleia da República, justificações ao Governo sobre as fiscalizações da Polícia de Segurança Pública (PSP), como a que aconteceu esta tarde no Martim Moniz, em Lisboa, em que foi possível ver, através das televisões, várias pessoas a serem revistadas na rua.
"As imagens causam alguma preocupação relativamente à adequação da operação. Se o objetivo é contribuir para melhorar o sentimento de segurança dos cidadãos, não podemos depois fazer operações que contribuam para o contrário e possam criar uma situação de alarme relativamente à segurança em Portugal. É preciso que se esclareça qual a justificação para aquele tipo de atuações", afirmou António Filipe, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.
Os comunistas querem saber porque é que a polícia atuou "assim e não de outra maneira" para poderem "avaliar se essa atuação foi adequada".
"Consideramos que possa ser pertinente e útil ouvir outras entidades, como o comando da PSP, mas quem responde politicamente perante a Assembleia da República é a ministra da Administração Interna, é ela quem deve prestar esclarecimentos", acrescentou o deputado do PCP.
Recorde-se que a PSP efetuou durante a tarde uma "operação especial de prevenção criminal" na zona do Martim Moniz, sobretudo para deteção de armas e droga.
Numa nota divulgada logo no início da operação, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP adiantou que a operação na freguesia de Santa Maria Maior tinha como objetivo "alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante" e que decorreu "na zona da Praça do Martim Moniz, área onde frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas".
A operação durou cerca de duas horas e terminou com um homem detido por posse de droga e arma proibida.
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