"Nós precisamos de mais trabalho de proximidade das polícias e de menos espetáculo. Precisamos de mais polícias na rua. E há uma pergunta que quero fazer? Porque é que as funções administrativas que hoje existem nas polícias têm que ser desempenhadas por polícias?", questionou Rui Rocha.
Sob o mote "Acelerar Portugal", a lista L, encabeçada por Rui Rocha, que se recandidatará à Comissão Executiva da IL na convenção de 01 e 02 de fevereiro em Loures (distrito de Lisboa), elencou hoje, no Auditório Horácio Marçal, no Porto, propostas de três pequenas reformas - entre as quais uma na Segurança - questionando "porque é que os polícias estão a desempenhar missões administrativas e não estão na rua ao lado dos cidadãos".
Outro exemplo de pequena reforma está no setor da Justiça, considerando Rui Rocha que "os nossos tribunais estão na idade da pedra", pretendendo "modernizar o serviço administrativo da justiça para que seja do século XXI".
Também a área dos registos "está numa situação caótica" e "é preciso modernizar", pois sem registos não há "dinâmica económica", defendeu.
"Não há dinâmica de mercado que possa ultrapassar os obstáculos processuais e registrais que hoje impedem também os portugueses de fazer os seus negócios, as suas transações, de as ter feitas em segurança", assinalou.
Utilizando e repetindo uma expressão recentemente utilizada pelo primeiro-ministro, Rui Rocha apresentou a candidatura da sua lista vincando que "o mundo de hoje acelera, mas Portugal, por seu lado, de acordo com as palavras recentes do primeiro-ministro Luís Montenegro, pulula".
"Pulula mas não acelera, pulula mas nem sequer avança. Pulula a despesa do Estado, mas o Estado não avança nas soluções para a Saúde, para a Educação ou para a Habitação. Pulula a burocracia no Estado, mas o Estado não avança na modernização, na autonomização dos cidadãos, na racionalidade e na eficácia", reiterou.
O líder liberal prosseguiu, dizendo que "pulula o número de funcionários públicos, mas o Estado não tem médicos, não tem professores e nem sequer tem polícias".
"O Estado pulula e Portugal atrasa-se, e o problema é que estamos a fazer pulular as coisas erradas. Estamos a fazer pulular o Estado quando devíamos estar a pulular a iniciativa privada e a sociedade civil.
Para Rui Rocha, "só o Estado pulula", definindo o "excesso de Estado" como "'pululuição'".
"A nossa missão é combater a 'pululuição' do Estado", vincou.
Integram a Lista L Rui Rocha, Ricardo Pais Oliveira, Mariana Leitão, Angélique de Teresa, Rui Ribeiro, Miguel Rangel, Paulo Alcarva, Mário Amorim Lopes, Joana Cordeiro, Nuno Barata, Pedro Almeida, Miguel Noronha, Pedro Pereira, Sílvia Abreu, João Ambrósio, Catarina Neto, Ricardo Zamith, Daniel Gonçalves, Tiago Oliveira Martins, Patrícia Correia e Rui José.
Além de Rui Rocha, pelo menos o conselheiro nacional da IL Rui Malheiro será candidato à liderança do partido na Convenção Nacional de 01 e 02 de fevereiro, após ter vencido as primárias do movimento "Unidos pelo Liberalismo", em dezembro, após desistência de Tiago Mayan Gonçalves, que assumiu a falsificação de assinaturas enquanto presidente da junta de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto.
Rui Rocha assumiu a liderança da IL em janeiro de 2023, após ter sido eleito na Convenção Nacional do partido com 51,7% dos votos, derrotando Carla Castro, que ficou com 44%, e José Cardoso, que obteve 4,3%.
Leia Também: Presidenciais. IL já tem candidato e anuncia apoio "nas próximas semanas"