Raimundo diz que "faltam adultos na sala" no parlamento da Madeira

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que a CDU espera voltar a eleger deputados para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, após ter perdido a representação nas últimas regionais, considerando que "faltam adultos na sala".

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Lusa
17/01/2025 18:30 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Eleições na Madeira

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após ter participado numa audição pública sobre o setor automóvel, Paulo Raimundo foi questionado sobre quais são as suas expectativas para as eleições regionais da Madeira, convocadas hoje pelo Presidente da República para 23 de março.

 

Na resposta, Paulo Raimundo disse que a convocação de eleições corresponde ao que o PCP defendia e, numa alusão ao líder do PSD/Madeira e presidente do Governo regional, Miguel Albuquerque, disse que, para o partido, as eleições não vão ser "uma batalha entre o A, o B ou C".

"Não é um problema do protagonista A, B ou C, é um problema de opções políticas e é isso que vamos procurar voltar a evidenciar na campanha que se vai agora abrir, com a justa ambição de a CDU voltar a eleger na Assembleia Legislativa Regional da Madeira", afirmou.

Para Paulo Raimundo, essa aspiração da CDU "é justa e normal".

"Diria que fazem falta adultos na sala na Assembleia Legislativa Regional e o povo madeirense e porto-santense têm essa oportunidade agora", referiu.

Nas últimas eleições regionais da Madeira, em maio de 2024, a CDU perdeu a representação parlamentar, obtendo 1,63% dos votos.

Nestas declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo foi ainda questionado sobre o facto de, esta quinta-feira, o primeiro-ministro ter avisado que o Governo esgotou a sua capacidade negocial com as entidades representativas dos bombeiros sapadores e, se o impasse nas negociações persistir, avançará unilateralmente sem ter em conta as mais recentes aproximações.

O secretário-geral do PCP considerou que Luís Montenegro "anda um bocadinho nervoso" e tem tido "reações um bocadinho de estalar o verniz", considerando que foi isso que se verificou no debate quinzenal na Assembleia da República, esta quarta-feira.

"E agora mais esta: ultimatos. Isto não vai lá com ultimatos, vai lá com soluções para a vida das pessoas e com a resolução dos problemas concretos", defendeu, acrescentando que o primeiro-ministro "não pode encher a boca de propaganda num dia e, no dia a seguir, fazer um ultimato".

"Não se pode fazer aquilo que se fez - um Conselho de Ministros para a simplificação fiscal onde, na prática, tudo espremido sobra uma grande operação de propaganda - e depois, ao final do dia, fazer um ultimato aos bombeiros", criticou.

Paulo Raimundo foi ainda questionado se, após ter sido revelado que Alexandra Leitão será a candidata do PS à Câmara de Lisboa, o PCP admite integrar uma pré-coligação de esquerda, tendo voltado a responder que "não há nenhuma candidatura que substitua o projeto da CDU".

O secretário-geral do PCP frisou que é preciso ser "um bocadinho coerente" e o PS não pode querer "apresentar-se de peito cheio para querer disputar a Câmara do PSD/CDS" e, ao mesmo tempo, viabilizar o orçamento proposto por Carlos Moedas.

"Há aqui um conjunto de contradições que só reforçam a ideia de que não há ninguém, nem outra força, que substitua o projeto da CDU para a cidade de Lisboa, nem muito menos um candidato como o João Ferreira, que dava um excelente presidente de Câmara", indicou.

Já sobre se descarta igualmente uma frente de esquerda nas presidenciais, Paulo Raimundo respondeu: "O PCP nunca faltou à batalha por uma solução democrática para as presidenciais".

"Com diferentes formas, diferentes sentidos, até fizemos congressos extraordinários sobre esse problema. Portanto, estamos muito à vontade sobre isso", afirmou.

Leia Também: CDS-PP diz que 23 de março é "data mais correta" para eleições na Madeira

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