Raimundo quer solução rápida do problema da insegurança de salários e pensões

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou hoje no Porto que a segurança e tranquilidade dos portugueses exigem opções que ponham fim à insegurança dos salários e pensões que não chegam ao final do mês.

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Lusa
19/01/2025 18:35 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Paulo Raimundo

No discurso que concluiu a apresentação da candidatura de Diana Ferreira à presidência da Câmara do Porto e falando perante centenas de pessoas no átrio daquela autarquia, o dirigente comunista trouxe um novo ângulo à conversa sobre a questão da insegurança no país.

 

"Juntos e com mais força é possível dar resposta aos reais problemas das populações. Reais problemas e não perceções, como a que agora está muito na moda. Problemas da vida que persistem e se acentuam", começou por afirmar Paulo Raimundo.

Para o político comunista, "a segurança e a tranquilidade garantem-se com forças e serviços de segurança com direitos, meios, motivados, respeitados, próximos, inseridos e ao serviço das populações e da Constituição da República".

"Mas a segurança e a tranquilidade também exigem opções que ponham fim à insegurança dos salários e pensões que não chegam ao final do mês, dos que trabalham para pagar contas cada vez maiores. Exigem opções que ponham fim à insegurança de um custo de vida que aumenta, veja-se o caso dos alimentos, que subiram 27% em três anos, para gáudio da grande distribuição", continuou o dirigente do PCP.

"É assim também nos custos da habitação, energia, dos combustíveis, do serviço postal, com os CTT a aumentarem os preços em 6,9 %, e nem um "piu" do Governo sobre isto. Nem do Governo nem dos que dependem do financiamento dos acionistas dos CTT", disse, mantendo o tom crítico.

"E não satisfeito, o Governo ainda permite novas oportunidades para as negociatas e a especulação, com a tentativa de transformar solo rústico em urbano, com as mais-valias que daí decorrem para os do costume", continuou Paulo Raimundo, lembrando que o PCP "levará a revogação deste decreto ao Parlamento" e com isso verificar "de que lado cada força se vai posicionar".

O secretário-geral comunista retomou o tema da segurança e da tranquilidade para falar das "grávidas e das crianças que sofrem com urgências e serviços encerrados, horas e horas de espera nas urgências e na linha do SNS 24" bem como "do 1,2 milhões de trabalhadores, em particular dos jovens, com vínculos precários".

"A política de injusta distribuição da riqueza e desigualdades é o grande foco de insegurança, mas é, simultaneamente, fator de segurança para os grupos económicos, os tais que vão encaixar mais 400 milhões garantidos pela descida do IRC", prosseguiu Paulo Raimundo.

E concluiu: "O país, os trabalhadores, as populações, os que cá trabalham e vivem, precisam de uma política que garanta a sua segurança e que, de uma vez por todas, deixe de beneficiar ainda mais os que se acham donos disto tudo, é esse o caminho que se impõe para uma vida melhor e um país mais justo e mais seguro".

Leia Também: Montenegro "tem mais motivos para estar intranquilo" após demissão no SNS

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