Isabel Moreira diz que posições de Pedro Nuno sobre imigração são estranhas

A deputada Isabel Moreira realçou na sexta-feira que "a ideia de um único modo de vida ou de uma única cultura" é estranha ao PS, em resposta às posições do líder socialista Pedro Nuno Santos sobre imigração.

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Lusa
25/01/2025 00:02 ‧ ontem por Lusa

Política

PS

"Não sei o que significa respeitar 'um modo de vida' ou 'uma cultura'. Sei que a Constituição estipula que portugueses e estrangeiros estão sujeitos aos mesmos deveres e são titulares dos mesmos direitos. O meu campo de afirmação de valores e princípios é o da lei fundamental e esta não quer saber da nacionalidade de ninguém", destacou a deputada socialista, numa nota na sua página na rede social Facebook sobre as declarações de Pedro Nuno Santos.

 

Para Isabel Moreira "a ideia de um único modo de vida ou de uma única cultura não tem base constitucional" e "é estranha" ao campo político de esquerda.

A deputada socialista realçou também que tem recusado que existam "dados ou estudos que suportem a ideia de 'efeito chamada' da manifestação de interesses".

"Essa retórica nasceu no PSD de Montenegro. Ela foi tática e é nova. O número de imigrantes que recorreu a esse mecanismo é aliás demonstrativo disso. Tenho afirmado que onde há oferta de trabalho há imigração. E onde há leis muito rígidas e trabalho também há imigração. Simplesmente ela é ilegal", vincou Isabel Moreira.

"A manifestação de interesses permitia regularizar quem trabalhava e fazia aqui a sua vida e tinha requisitos. Era um mecanismo regulador. O PS sempre defendeu uma imigração regulada. E humana", acrescentou.

Pedro Nuno Santos recusou na sexta-feira qualquer contradição nas suas posições sobre imigração e afirmou que não foi ao encontro das do Governo.

No parlamento, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre as críticas que lhe foram feitas, inclusivamente no PS, por ter admitido em entrevista ao Expresso que não se fez tudo bem nos últimos anos quanto à imigração e anunciou que vai apresentar uma solução legislativa que permita regularizar imigrantes que estão a trabalhar mas recusando recuperar a manifestação de interesses.

O líder socialista frisou, na mesma entrevista, que quem procura Portugal para viver "tem de perceber que há uma partilha de um modo de vida, uma cultura que deve ser respeitada".

Isabel Moreira destacou também que o PS "não fez tudo bem em matéria de estado social", quer para imigrantes, quer para nacionais, sublinhando que "a boa criação da AIMA, para além da pandemia, não teve os meios necessários".

"Eu sei quem não falhou: os imigrantes. Sem eles o país parava. A segurança social falia. O Governo, aliás, sabe isso. E se fecha a lei com uma mão vai abrindo exceções com a outra, conforme constata que o setor y ou X desespera por trabalhadores", frisou.

Para a socialista, o seu partido será capaz de apresentar um diploma "justo e equilibrado" sobre esta matéria, e defendeu: "Temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para nos mantermos firmes ao lado da verdade, dos factos".

Leia Também: Pedro Nuno esclarece polémica: "Fizeram melhor que estava ao seu alcance"

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