"Há valores fundamentais da nossa sociedade de que não prescindimos"

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, prometeu hoje um partido "mais ativo" no tema da segurança, apresentando um pacote de medidas que inclui o agravamento de penas e a expulsão de quem comete crimes graves.

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© Amin Chaar / Global Imagens

Lusa
02/02/2025 14:01 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

No seu primeiro discurso após ter sido anunciada a reeleição como presidente da IL, Rui Rocha defendeu que, "sem segurança não há liberdade", e afirmou que, apesar de Portugal ser um país seguro, "há certos tipos de criminalidade em certas zonas do país onde tem havido dados algo preocupantes".

 

"A IL vai estar ativa na discussão sobre segurança em Portugal e vamos fazê-lo à nossa maneira: com factos e soluções", prometeu.

Rui Rocha anunciou que o partido vai agendar, no próximo dia 12 de fevereiro, um debate no parlamento em que vai apresentar um pacote de medidas "que visam dar mais segurança aos portugueses", entre as quais a que já tinha sido anunciada para que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) passe a incluir dados sobre a nacionalidade, o género e a nacionalidade dos criminosos e das vítimas.

"Nesse pacote legislativo, está também incluída uma proposta de alteração do regime penal de crimes de associação criminosa, tráfico de seres humanos ou violência doméstica, agravando as respetivas penas, que hoje estão desajustadas da realidade social", anunciou.

Rocha indicou ainda que a IL vai avançar também com uma "proposta de revisão do regime de sanção acessória de expulsão do território, em caso de reincidência ou de serem cometidos crimes graves".

Entre as outras medidas que vão constar do pacote legislativo em questão, Rui Rocha indicou que o partido vai também apresentar "uma proposta de criação de uma carreira administrativa a funcionar junto das polícias, que permitirá que as forças policiais se libertem de tarefas administrativas".

Rocha abordou ainda o tema da imigração, reconhecendo que o país precisa "de imigração para que a economia funcione", mas defendendo que tem de ser regulada.

"Os fluxos migratórios desregulados colocam pressão a vários níveis na sociedade que recebe e sujeitam quem procura outro país a fenómenos de exploração e indignidade. A posição da IL é clara: quem tem trabalho, entra. Quem cumpre a lei, fica. Pelo meio, o Estado não pode falhar: os serviços têm de funcionar no enquadramento de quem entra e de quem fica", defendeu.

O líder da IL abordou "a discussão recente sobre a cultura e os valores da sociedade que recebe", para defender que "é claro" que há valores que os imigrantes devem respeitar, criticando quem "ridicularizou a questão falando do bacalhau com grão, do futebol ou de outras questões mais ou menos folclóricas".

"Para um liberal, é fácil entender que há valores fundamentais da nossa sociedade de que não prescindimos e que devem ser respeitados", sustentou.

Ao longo do seu discurso, o líder reeleito da IL afirmou que, "para um liberal, não há nenhuma identidade que possa prevalecer sobre a dignidade e o valor único de cada indivíduo" e decretou uma "certidão de óbito às políticas identitárias, ao 'wokismo'".

Rocha defendeu o fim da burocracia ou a redução de impostos, e prometeu corrigir "duas grandes injustiças" que considerou existirem em termos de IRS.

"A primeira injustiça está a ser praticada contra aqueles que têm mais de 35 anos de idade e que pagam praticamente os mesmos impostos que pagavam durante a governação socialista", disse, antes de acrescentar que a segunda injustiça "é contra os portugueses que têm menos de 35 anos e que começaram a trabalhar cedo".

"De acordo com as regras de funcionamento do IRS Jovem, quem começou a trabalhar cedo, acumulou trabalhos com estudos, chega aos 28 ou aos 29 anos e já não tem direito ao regime do IRS Jovem. Temos de fazer duas coisas: primeiro, corrigir esta injustiça do IRS Jovem, logo a seguir lutar para que a descida de impostos seja para todos", disse.

[Notícia atualizada às 14h39]

Leia Também: Mariana Leitão é a candidata da IL à Presidência da República

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