"Destacada mulher da cultura, escritora e poetisa, com extensa obra publicada - como Tatuagens, Cidadelas Submersas ou Nossa Senhora de Mim - e importante percurso enquanto jornalista com participação em diversos jornais e revistas, Maria Teresa Horta tem um rico e diversificado percurso de vida marcado por uma intervenção de resistência ao fascismo e de ativismo em defesa da emancipação da mulher", lê-se numa nota do PCP.
Os comunistas salientam a co-autoria de 'Novas Cartas Portuguesas', com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, que ficaram conhecidas como 'As Três Marias', que viria ser alvo de censura e de julgamento das autoras, em 1972.
"Maria Teresa Horta foi diretora da Revista Mulheres, publicação pioneira na reflexão audaz sobre a igualdade e emancipação das mulheres", destaca igualmente o PCP na nota em que refere que foi distinguida em 2022 com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
"À família, o PCP expressa o pesar pelo seu falecimento", declaram.
A escritora, poeta e jornalista Maria Teresa Horta, a última das "Três Marias", que afrontou o Estado Novo e se afirmou como expoente do feminismo em Portugal, na vida e na literatura, morreu hoje aos 87 anos, em Lisboa.
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