PCP quer saber em que moldes se realiza o festival 5L

Os vereadores do PCP questionaram o presidente da Câmara Municipal de Lisboa sobre como e quando haverá "diretor executivo" do festival literário 5L, quem está entretanto a assegurar essas funções e em que moldes se realizará o evento.

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Lusa
07/02/2025 17:32 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

PCP

Num requerimento datado de 24 de janeiro, e hoje divulgado à comunicação social, os vereadores comunistas da autarquia lisboeta João Ferreira e Ana Jara endereçaram ao presidente da câmara uma série de questões relacionadas com a edição de 2025 do Festival Internacional de Literatura Lisboa 5L, na ausência de informações claras sobre o assunto.

 

Segundo os vereadores, a "escassez de respostas obtidas e as contradições evidenciadas" perante as questões colocadas sobre esta matéria, numa reunião privada que decorreu no dia 22 de janeiro, justifica a insistência nas perguntas, plasmadas neste documento.

O festival literário 5L é uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, que nasceu em 2020 tendo como objetivo celebrar a língua, a literatura, os livros, as livrarias e a leitura (os cinco L), e cuja direção artística estava a cargo do livreiro José Pinho, que morreu em maio de 2023.

A autarquia já fez saber entretanto que a edição deste ano vai decorrer na Fábrica de Unicórnios, no Hub Criativo do Beato, sob o tema "Cultura e Inovação", depois de no ano passado o evento não se ter realizado, apesar de ter chegado a estar anunciado.

Permanece a incógnita sobre a futura direção artística do festival e sobre se será a Câmara Municipal de Lisboa a assumir essas funções até à sua escolha, uma vez que é intenção da autarquia lançar um concurso público para a escolha de um novo diretor artístico -- tal como José Pinho o havia sido -, o que até à data ainda não aconteceu.

Por isso, e tendo em conta que o presidente da câmara informou, durante a referida reunião, que iria lançar um concurso para escolha de um "diretor executivo" do festival, o PCP quer saber quais serão as suas funções, os critérios adotados para a sua escolha e a data prevista para o início de funções.

Mas uma vez que esse diretor executivo ainda não existe, os vereadores questionaram quem é a pessoa ou entidade que está responsável por fazer os contactos com autores, tendo em vista a sua participação no festival, e também que condições lhes estão a ser propostas para participarem, nomeadamente em termos de remuneração.

Ainda atendendo à ausência de direção artística, Carlos Moedas foi questionado sobre se confirma -- conforme informações vindas a público - que será a Câmara Municipal a assumir a direção artística e, em concreto, quem na Câmara assumirá essa função.

"Sendo esta a opção, por que razão foi cancelada a edição do Festival de 2024 com o argumento de que não havia tempo para lançar um concurso para escolha da direção artística? Por que não assumiu então a Câmara a direção artística do Festival?", acrescenta o PCP, no requerimento.

João Ferreira e Ana Jara também perguntam ao presidente se confirma que foi escolhido um curador para o festival e, a ser verdade, "de quem se trata, quais os critérios de seleção, e por que razão não se optou neste caso por um concurso público".

Outras preocupações vertidas pelos vereadores comunistas no documento prendem-se com saber de que forma irá o festival providenciar as medidas necessárias para "promover o evento em toda a cidade, em articulação com as escolas, universidades, freguesias e outros parceiros, envolvendo a população local e garantindo uma diversidade estética, diferenciação de géneros e distintos públicos", conforme previsto na deliberação que instituiu o festival.

Esta pergunta específica tem a ver com as notícias vindas a público, que apenas dão conta de que o festival "será realizado na Fábrica de Unicórnios, no Hub Criativo do Beato", esclarecem.

Ainda no âmbito da programação, os vereadores preocupam-se em saber como vão ser tratadas no festival todas as efemérides relacionadas com a língua e a literatura portuguesas que se celebram este ano, como é o caso da continuação das comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco e dos centenários de Luiz Pacheco e de José Cardoso Pires, a par com a trasladação dos restos mortais de Eça de Queiroz para o Panteão Nacional.

Por esclarecer ficou também a "justificação para a temática escolhida" para a edição deste ano do festival - "cultura e inovação" --, assim como a sua autoria, e qual o orçamento previsto, dúvidas reiteradas no documento.

De acordo com uma publicação na página de Instagram do Festival 5L, a edição deste ano realizar-se-á entre os dias 01 e 05 de maio.

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