O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, apelou aos socialistas para que exista uma "candidatura única" da área política do partido para ter "mais força" nas eleições Presidenciais.
"Esse é um dos nossos objetivos. O outro é conseguirmos poupar os que são nossos camaradas a críticas que devem estar concentradas nos nossos adversários, nomeadamente os candidatos do centro-direita", explicou Pedro Nuno no final da reunião da Comissão Nacional do PS.
Para Pedro Nuno, o candidato apoiado pelo PSD, Luís Marques Mendes, já oficializou a candidatura por estar com "um problema".
"Precisava de se apresentar rapidamente. Leva 12 anos no comentário de domingo à noite e não aparece bem em nenhuma das sondagens. Apesar de tudo, sem candidato definido, os candidatos de que se fala do PS estão à frente do candidato de centro-direita", atirou o secretário-geral do PS.
O socialista garante ainda que o PS sai "unido" desta Comissão Nacional e assim vai permanecer "num apoio a um candidato".
"Precisamos de um Presidente da República que partilhe a matriz de valores do PS, que tenha uma visão do mundo à dimensão que o nosso país nos habituou. Parece-nos que todos os que se têm falado na área do PS conseguem cumprir essas características”, acrescentou.
A Comissão Nacional do PS reuniu-se este sábado, em Setúbal, para discutir as eleições presidenciais, mas ainda sem condições para decidir quem apoiar, embora em perspetiva estejam potenciais candidaturas de António José Seguro e de António Vitorino.
Em relação às eleições presidenciais de janeiro de 2026, apenas uma ideia central parece unir todos os socialistas e que tem sido salientada pelo secretário-geral: o PS só deve ter um candidato neste ato eleitoral.
Na quinta-feira foi admitida para discussão na Comissão Nacional uma proposta de Daniel Adrião, dirigente de uma corrente minoritária, no sentido de o PS realizar uma consulta aberta a simpatizantes para decidir qual o candidato a apoiar nas presidenciais.
Antes, no início de janeiro, o antigo líder Ferro Rodrigues tinha sugerido a realização de eleições primárias no PS entre os potenciais candidatos presidenciais do centro esquerda e que visariam a escolha de um só candidato.
Porém, tanto a ideia de consulta, como a de eleições primárias, parecem ter um apoio minoritário entre os dirigentes do partido.
Leia Também: Comissão Nacional do PS reúne-se longe de decidir apoio nas Presidenciais