O ex-ministro da Administração Interna José Luís Carneiro rejeitou, este sábado, ser candidato às eleições Presidenciais. "Não faz sentido nenhum. Tive aqui uma ou outra manifestação de apoio, mas ainda sou muito jovem e ainda não tenho o estatuto para uma função dessa natureza", afirmou no final da Comissão Nacional do PS.
O socialista defende que é "muito importante" o PS ter um "candidato único do espaço de centro-esquerda", mas também é "muito relevante" conhecer o pensamento político dos candidatos em "matérias decisivas" no contexto "nacional e internacional".
"A ordem que herdámos da II Guerra Mundial está a ser colocada em causa no que tem a ver com os valores do Estado de direito e é muito relevante saber como aqueles que querem desempenhar funções de Presidente da República encaram esses desafios", acrescentou o ex-ministro.
A Comissão Nacional do PS reuniu-se este sábado, em Setúbal, para discutir as eleições Presidenciais, mas ainda sem condições para decidir quem apoiar, embora em perspetiva estejam potenciais candidaturas de António José Seguro e de António Vitorino.
Em relação às eleições Presidenciais de janeiro de 2026, apenas uma ideia central parece unir todos os socialistas e que tem sido salientada pelo secretário-geral: o PS só deve ter um candidato neste ato eleitoral.
Na quinta-feira foi admitida para discussão na Comissão Nacional uma proposta de Daniel Adrião, dirigente de uma corrente minoritária, no sentido de o PS realizar uma consulta aberta a simpatizantes para decidir qual o candidato a apoiar nas Presidenciais.
Antes, no início de janeiro, o antigo líder Ferro Rodrigues tinha sugerido a realização de eleições primárias no PS entre os potenciais candidatos Presidenciais do centro Esquerda e que visariam a escolha de um só candidato.
Porém, tanto a ideia de consulta, como a de eleições primárias, parecem ter um apoio minoritário entre os dirigentes do partido.
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