Influencer? "Há problema de acesso a informação privilegiada em Portugal"

O presidente da Iniciativa Liberal considerou hoje que "há um problema de acesso a informação privilegiada em Portugal" e voltou a lamentar o chumbo aos pedidos de audição no âmbito dos recentes desenvolvimentos das buscas da Operação Influencer.

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
10/02/2025 12:35 ‧ ontem por Lusa

Política

Rui Rocha

"Haver dezenas de milhares de pessoas com acesso a informações que devem ser reservadas e guardadas - não num cofre de uma residência oficial de um primeiro-ministro - parece-nos que é um problema. Há um problema de acesso a informação privilegiada em Portugal", disse Rui Rocha.

 

O líder da IL comentava a machete de hoje do jornal Público: "Há 18 mil pessoas credenciadas para aceder a informação classificada".

O diário acrescenta que no caso da 'pen' que está relacionada com a Operação Influencer, a Segurança Social arrisca uma multa milionária por não ter notificado a violação de dados pessoais.

"Estamos disponíveis para esse debate e para contribuir para identificar o que se passa e contribuir com soluções. Temos uma má prática na gestão dos dados", disse Rui Rocha, que falava aos jornalistas em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), à margem de uma reunião com o presidente da administração da Unidade de Saúde Local Gaia/Espinho.

Antes, quando foi convidado a comentar esta manchete, o líder da IL aproveitou para falar do chumbo do parlamento aos pedidos de audição do antigo primeiro-ministro António Costa e dois dos seus antigos chefes de gabinete Vítor Escária e Francisco André, no âmbito dos recentes desenvolvimentos das buscas da Operação Influencer.

"Estranhamente o PS e o PSD uniram-se para inviabilizar este requerimento. PS e PSD estão de acordo que não há nada a esclarecer. Estávamos disponíveis para fazer essa audição à porta fechada, entendemos que são questões melindrosas e não há necessidade de exposição pública", disse o presidente da IL.

Para o presidente da IL é agora necessário "olhar para a questão do acesso aos dados".

"São informações muito sensíveis. Ter informação é ter poder. Ter informação privilegiada e melindrosa é ter ainda mais poder", acrescentou.

A IL pretendia ouvir, à porta fechada, o atual presidente do Conselho Europeu e dois dos seus antigos chefes de gabinete enquanto chefe do Governo português a propósito da apreensão, no processo Operação Influencer, de uma 'pen-drive' no gabinete de trabalho de Vítor Escária com uma lista de agentes dos serviços de informações.

Os liberais queriam ainda ouvir, também à porta fechada, Adélio Neiva da Cruz, diretor dos Serviços de Informações e Segurança (SIS), José Pedro Martinho da Costa, diretor dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa, Luís Neves, diretor da Polícia Judiciária e Helena Borges, diretora-geral da Autoridade Tributária.

Os partidos que se opuseram às iniciativas alegaram uma violação de segredo de justiça para rejeitarem estes pedidos de audição, considerando que estas audições seriam intromissões na investigação em curso que excedem as competências da Assembleia da República.

Leia Também: Presidenciais? Rui Rocha fala em "desnorte" na liderança do PS

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