"O nosso objetivo é alterar a política na Madeira, visto que as pessoas estão completamente cansadas desta política, uma política que não muda, é sempre igual", afirmou Paulo Azevedo aos jornalistas depois de entregar no Tribunal Judicial do Funchal a lista de candidatos às eleições regionais antecipadas de 23 março.
O coordenador do núcleo da Madeira da ND acrescentou que "a razão da entrada [do partido] na Região Autónoma da Madeira é mesmo essa, apresentar uma alternativa à política atual, apresentar realmente uma nova direita [de] que a Madeira realmente está a precisar".
Paulo Azevedo argumentou que a lista tem uma "equipa bem formada, jovem" e que muitos dos elementos "não estão ligados à política", assegurando que nenhum está "à procura de tacho".
"O nosso objetivo é fazer um trabalho [de] que a população precisa", sustentou.
Para o cabeça de lista da Nova Direita, "um resultado excelente" nas próximas eleições era conseguir eleger um deputado, mas a candidatura vai tentar mais, a pensar na constituição de um grupo parlamentar.
Segundo o candidato, "a Nova Direita pode ser diferente em tudo. Fazer uma política completamente diferente, fazer uma política com propostas", apontando que o partido tem várias em todas as áreas.
"São propostas completamente diferentes daquelas que as pessoas estão habituadas a ouvir, não são radicais, longe disso, embora sejamos um partido conservador, mas também não somos nada radicais", sustentou.
Questionado sobre a disponibilidade de o partido vir a integrar alguma plataforma de acordo depois das eleições, respondeu: "Não vou dizer que não vou fazer coligação com ninguém. Vamos aguardar pelos resultados e ver o que nos espera pela frente".
Paulo Azevedo, David Nóbrega, Eduardo Nóbrega, Cláudia Sousa e Pietro Aires são os cinco primeiros nomes da lista de candidatos da Nova Direita.
Em 17 de dezembro de 2024, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, o Governo Regional (PSD), liderado por Miguel Albuquerque, empossado a 06 de junho, foi derrubado, uma situação inédita na vida parlamentar da Madeira.
Para resolver a situação, o Presidente da República, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado, decidiu dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira e marcar eleições legislativas antecipadas para 23 de março.
O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP (partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas), um da IL e um do PAN.
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