"Apresentamos esta candidatura como uma nova perspetiva para a Madeira, para que possamos construir uma Madeira com futuro e ter uma alternativa ao que já existe", disse a cabeça de lista do Livre, Marta Sofia.
A cabeça de lista do Livre falava depois da entrega da candidatura do partido às eleições de 23 de março, no Tribunal Judicial do Funchal.
Afirmando que o objetivo do Livre é "eleger um deputado" para a Assembleia Legislativa da Madeira, Marta Sofia disse ainda que "gostaria que as pessoas pudessem perder esta descrença nos políticos, porque nem toda a gente é igual".
"Apresentamo-nos como partido diferente que pensa nas pessoas e não nos interesses económicos, nos 'lobbies', nos monopólios" vincou.
Para a candidata, o Livre pode "contribuir para uma mudança dentro da Assembleia Legislativa, mas também para a vida de todos madeirenses" com propostas e soluções que irá apresentar oportunamente.
Devido à insistência dos jornalistas, enunciou apenas a necessidade de um plano de emergência para resolver o problema da falta de habitação dos madeirenses e medidas visando "um aumento dos salários para pensionistas e reformados, para que se possa fazer face ao custo de vida que a Madeira tem".
"Nós não conseguimos sobreviver neste momento na Madeira", sustentou.
A candidata também mencionou que o "Livre posiciona-se sempre no lado esquerdo moderado", opinando que, em "48 anos de PSD, já deu para ver que não é solução" porque a região "não avança, mas avançam a especulação imobiliária, os interesses económicos e toda uma rede, mas para os madeirenses não".
Sobre a possibilidade de integrar alguma coligação após as eleições, respondeu que o Livre "é um partido de convergência, que tem também os seus ideais".
"E mais uma vez acreditamos que podemos construir um novo caminho para a Madeira, um caminho com futuro, com prosperidade e a pensar em todas as pessoas e não deixar ninguém para trás", reforçou.
Marta Sofia, Elvio Camacho, Joana Rodrigues e Carlos Pestana são os primeiros nomes da lista de candidatos do Livre.
Nas últimas eleições legislativas regionais antecipadas, em 26 de maio de 2024, o Livre, que também apostou em Marta Sofia como cabeça de lista, reuniu 905 votos (0,68%) e ficou fora do parlamento madeirense.
Em 17 de dezembro de 2024, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, o Governo Regional (PSD), liderado por Miguel Albuquerque, empossado a 06 de junho, foi derrubado, uma situação inédita na vida parlamentar da Madeira.
Para resolver a situação, o Presidente da República, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado, decidiu dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira e fixar eleições legislativas antecipadas para 23 de março.
O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP (partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas), um da IL e um do PAN.
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