PS pede ao Governo compromisso de construir casas para a classe média

 O líder do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que o Estado tem que assumir a responsabilidade de construir habitação para a classe média, argumentando que a falta de casas não atinge apenas as famílias carenciadas.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
17/02/2025 13:21 ‧ há 3 dias por Lusa

Política

PS

Pedro Nuno Santos voltou esta manhã, agora como líder da oposição, ao conjunto habitacional na Quinta de Alfazina, em Almada, Setúbal, uma obra cuja primeira pedra tinha sido lançada por si em 2019, então como ministro das Infraestruturas e da Habitação do governo socialista.

 

"O problema da habitação em Portugal, infelizmente, hoje não é um problema apenas das famílias carenciadas, o problema da habitação é um problema da classe média, dos filhos da classe média, e é por isso que não só nós temos que promover a construção privada e cooperativa, mas o Estado tem que assumir também a sua responsabilidade de construir para a classe média, como acontece em muitos países europeus", defendeu.

O objetivo desta visita a este complexo, promovido pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e destinado a arrendamento acessível, é "sinalizar um dos exemplos do trabalho" que é preciso "multiplicar no país", explicou o secretário-geral socialista.

"O Governo, no que diz respeito à construção pública, está apenas concentrado na construção de habitação para a população carenciada, não há neste momento nem um discurso nem um compromisso de construção para a classe média, e para nós é fundamental que a política pública de habitação dê resposta às dificuldades da classe média", defendeu.

Pedro Nuno Santos referiu que políticos internacionais e nacionais falam sobre a necessidade aumentar a despesa com defesa, mas "a habitação é um dos maiores problemas" e em relação a ela é preciso "aumentar a despesa nacional, pública também, com habitação".

De acordo com o líder socialista, só será possível "ter o apoio da população e da classe média para os programas de construção pública se eles não estiverem excluídos deste programa público de construção".

"Devem ser criadas condições para que o setor privado possa construir mais, construir mais para a classe média, que é onde nós temos de facto dificuldades, mas o Estado também tem que escalar a sua construção, não só para as famílias mais carenciadas, mas para as populações de rendimentos intermédios, para a classe média", defendeu.

Segundo o antigo ministro desta área é preciso "escalar muito" neste tipo de construção e passar-se dos "20 e tal mil focos por ano para números que se aproximam dos 40 mil, 50 mil focos por ano", um número que já existiu no passado e ao qual é preciso voltar.

"Isso implica apoiar o setor da construção civil privado, mas também a construção pública", defendeu.

Leia Também: Moção de censura? Pedro Nuno recusa dar "para o peditório" do Chega

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