Momentos depois de o CDS-PP ter proposto de forma obrigatória a suspensão dos trabalhos parlamentares antes da votação moção, Pedro Nuno Santos foi imediatamente ladeado de vários dos principais deputados do partido, como a líder parlamentar, Alexandra Leitão, o vice da bancada Pedro Delgado Alves e Marina Gonçalves, entre outros.
Depois de ter estado durante breves momentos ao telefone, Pedro Nuno Santos ainda ficou durante uns minutos no hemiciclo, mas depois acabou por deixar a Sala das Sessões, entrando na sala do grupo parlamentar sem prestar declarações aos jornalistas.
Dentro do hemiciclo, os deputados do PS distribuíram-se em pequenos grupos e várias conversas.
O CDS-PP recorreu a um artigo do regimento da Assembleia da República segundo o qual, "encerrado o debate, procede-se à votação da moção de confiança na mesma reunião e após intervalo de uma hora, se requerido por qualquer grupo parlamentar".
O debate demorou cerca de três horas e meia, mais uma do que o previsto, com muitos apartes e propostas vindas da bancada do PSD para uma suspensão dos trabalhos de modo a proporcionar uma conversa entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS.
Na reta final do debate, o Governo chegou a admitir retirar a moção de confiança e aceitar a Comissão Parlamentar de Inquérito do PS, desde que fosse feita em 15 dias (em vez de 90). Ambos os reptos acabaram rejeitados.
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