Depois de no plenário, o Governo ter admitido retirar a moção de confiança se o PS aceitasse uma comissão parlamentar de inquérito em 15 dias - o que foi rejeitado pelos socialistas -, fonte do executivo disse à Lusa ter sido feita "uma contraproposta" para "tempo razoável", sem detalhar.
Em declarações aos jornalistas à saída do plenário, logo após a suspensão dos trabalhos, o líder parlamentar do PSD defendeu que a comissão de inquérito deve ter "um prazo que seja razoável para não enlamear o país nesta situação".
"O que é importante é saber se o Partido Socialista quer um tempo razoável para uma comissão parlamentar de inquérito em que o primeiro-ministro responda a tudo o mais que o Partido Socialista quiser, para que seja possível evitar eleições, é só isso", afirmou Hugo Soares.
Instado a concretizar quanto tempo considera razoável, o secretário-geral social-democrata remeteu essa definição para os socialistas.
"O Partido Socialista que diga", afirmou Hugo Soares, dizendo esperar que "haja a possibilidade de se poder conversar" durante a hora em que os trabalhos ficaram suspensos, após o debate da moção de confiança apresentada pelo Governo.
O líder parlamentar do PSD recursou que o país se possa "arrastar durante 90 dias em suspeitas sobre o primeiro-ministro".
"Nós não queremos eleições e só haverá eleições se o PS quiser. Os portugueses não querem uma situação que se arraste demasiado tempo com insinuações e falsidades sobre o primeiro-ministro", defendeu.
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