De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), o único concelho madeirense onde o PSD perdeu foi Santa Cruz, em que o JPP -- Juntos Pelo Povo manteve a posição de força política mais votada neste território com ligação à origem do partido.
O PSD, que venceu hoje as eleições com 43,43% do total dos votos, conseguiu ter maioria absoluta em cinco concelhos madeirenses, designadamente Calheta (58,77%), Ponta do Sol (54,66%), Ribeira Brava (53,07%), Porto Moniz (52,49%) e São Vicente (51,63%).
Nestas eleições regionais, o PSD conseguiu recuperar Machico, concelho que nas anteriores eleições foi conquistado pelo PS, que por uma diferença de 22 votos retirou a posição de partido mais votado aos sociais-democratas.
Em Machico, o PSD venceu hoje com 40,12% dos votos (4.442 votos) e o PS foi a segunda força política mais votada, com 26,99% (2.988 votos). Nas anteriores eleições legislativas da Madeira, que se realizaram em maio de 2024, o PS venceu em Machico, com 33,61% (3.512 votos), retirando este concelho ao PSD, que obteve 33,40% (3.490 votos).
Além destes seis concelhos, o PSD venceu, mas sem maioria absoluta, no Funchal (40,91%), Santana (44,37%), Porto Santo (46,20%) e Câmara de Lobos (49,09%), segundo os resultados provisórios.
Relativamente ao único concelho da Madeira onde os sociais-democratas não conseguiram ser o partido mais votado, o PSD perdeu por uma diferença de 383 votos, ao obter 35,12% (8.414 votos), enquanto o JPP teve 36,72% (8.797 votos), segundo os dados provisórios.
O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, que indicam que o JPP se tornou o principal partido da oposição, deixando para trás o PS.
Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do MAI, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos (62.085 votos) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.
O JPP alcançou 21,05% dos votos (30.094 votos) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS teve 15,64% (22.355) e oito lugares na Assembleia Legislativa Regional, seguindo-se o Chega, que elegeu três deputados, a IL e o CDS-PP, que obtiveram um cada.
A maioria absoluta requer 24 assentos.
Em 2019 e 2023 os sociais-democratas precisaram fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir este número.
Nesta legislatura, o CDS-PP tinha também um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas.
Após as eleições de 2024, também antecipadas, o PSD (19 deputados) formou um executivo minoritário, já que o acordo firmado com o CDS (dois eleitos) foi insuficiente para a maioria absoluta. O PS e o JPP, que totalizaram 20 deputados, chegaram então a propor uma solução de governo.
Estas eleições antecipadas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorreram com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
No sufrágio anterior, em maio de 2024, o PSD conseguiu eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.
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