De acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados, falhando por um mandato a maioria absoluta.
A segunda força política mais votada foi o Juntos Pelo Povo (JPP), que alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares.
O Chega elegeu três deputados, com 7.821 votos (5,47%), o CDS-PP conquistou um mandato com 4.288 votos (3,00%) e a IL também um mandato, com 3.097 votos (2,71%).
Além destas seis forças políticas que elegeram deputados, candidataram-se ainda às eleições, as terceiras legislativas na Madeira em cerca de um ano e meio, a CDU (PCP/PEV), PAN, BE, Livre, Força Madeira (PTP/MTP/RIR), ADN, PPM e Nova Direita.
A Assembleia Legislativa da Madeira passa agora a ser composta por 23 deputados do PSD, 11 do JPP, oito do PS, três do Chega, um do CDS-PP e outro da IL.
Ainda segundo os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, estavam inscritos 255.380 eleitores, tendo votado 142.960, o que representa uma taxa de participação de 55,98% (ou abstenção de 44,02%).
Entretanto, o representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, já anunciou que vai ouvir, na sexta-feira, os seis partidos que garantiram assento na Assembleia Legislativa, menos um do que na atual composição do parlamento do arquipélago, que incluía ainda uma representação do PAN.
Na segunda-feira, o líder regional do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, revelou que se iria encontrar com o líder regional do PSD para "tentar um acordo", admitindo que a solução poderá passar por um entendimento parlamentar ou um acordo de coligação. Juntos, PSD e CDS-PP conseguem 24 assentos na Assembleia Legislativa, correspondente à maioria dos 47 lugares.
O CDS-PP já governou com o PSD e tinha na legislatura que agora termina um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas.
Em 2019 e 2023 os sociais-democratas também precisaram de fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir a maioria.
Após as eleições de 2024, também antecipadas, o PSD (19 deputados) formou um executivo minoritário, já que o acordo firmado com o CDS-PP (dois eleitos) foi insuficiente para a maioria absoluta. O PS e o JPP, que totalizaram 20 deputados (11 socialistas e nove do Juntos Pelo Povo), chegaram então a propor uma solução de governo. O Chega elegeu quatro deputados (mas uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.
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