O círculo eleitoral de Viseu, que outrora ficou conhecido por "cavaquistão" (devido às maiorias absolutas conseguidas no tempo de Cavaco Silva), elege oito deputados.
O tondelense Leitão Amaro, que é ministro da Presidência, vice-presidente do PSD e professor universitário, encabeça uma lista com poucas mexidas comparativamente à apresentada no ano passado. Ao seu nome seguem-se novamente os de Pedro Alves, Inês Domingos e Carlos Silva Santiago.
Em março de 2024, a Aliança Democrática (AD) conseguiu inverter os resultados das anteriores eleições legislativas e vencer em 23 dos 24 concelhos de Viseu, um distrito onde o Chega se estreou com dois deputados. Em 2022, o Partido Socialista (PS) tinha comemorado a vitória neste círculo eleitoral, mas dois anos depois a AD (coligação PSD/CDS-PP/PPM) recuperou-o, ao conseguir 36,36% dos votos.
Apesar da vitória, a AD teve de dividir com o PS os restantes deputados que se sentaram na Assembleia da República, ficando com três cada.
O PS voltou a apostar na investigadora e antiga secretária de Estado da Igualdade Elza Pais, natural de Mangualde e que é a única mulher a encabeçar uma lista pelo círculo eleitoral de Viseu.
A "número 1" do PS foi também presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e do Instituto Português da Droga e da Toxicodependência e Alta-Comissária do Projecto Vida.
A Elza Pais seguem-se na lista socialista o presidente da Federação Distrital de Viseu e da Câmara de Cinfães, Armando Mourisco, que está impedido de se recandidatar devido à lei de limitação de mandatos, e o antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Rebelo.
Nas últimas legislativas, o PS obteve 27,45% dos votos em Viseu. O Chega foi o terceiro partido mais votado (com 19,45% dos votos), o que já tinha acontecido em 2002, embora com uma percentagem bastante interior (7,97%).
Os dois primeiros lugares da lista do Chega voltam a ser ocupados por João Tilly e Bernando Pessanha.
No boletim estarão 13 opções de voto (menos uma do que em 2024), pela seguinte ordem: Alternativa Democrática Nacional (ADN), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), AD -- Coligação PSD/CDS-PP, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Ergue-te, Nova Direita, Bloco de Esquerda (BE), Volt, Coligação Democrática Unitária (CDU), Chega, Livre e PS.
Além da AD -- Coligação PSD/CDS-PP, do PS e do Chega, também o RIR e a CDU repetem os cabeças de lista, Luís Lourenço e Alexandre Hoffmann Castela, respetivamente.
Pedro Pinto é a aposta do Ergue-te, David Santos do BE, Miguel Won do Livre, Jorge Vide do Volt, João Antas de Barros da IL, Luís Rafael Almeida da ADN e João Carlos Andrade da Nova Direita.
Contrariamente às legislativas passadas, o Pessoas -- Animais -- Natureza (PAN) e a Alternativa 21 decidiram não concorrer em Viseu. Desta vez fora da coligação AD, o PPM apostou em Luís Duarte Almeida como cabeça de lista.
O distrito de Viseu tem 334.060 pessoas. Trata-se de um território heterogéneo, com os municípios a sul mais industrializados e, a norte e nordeste, mais virados para o setor primário e de baixa densidade populacional.
Leia Também: Porto tem 18 partidos, ministros e ex-diretor do SNS entre os candidatos