Na quinta-feira, os Estados Unidos (EUA) anunciaram uma redução gradual dos trabalhadores portugueses da Base das Lajes, de 900 para 400 pessoas, ao longo deste ano. Os civis e militares norte-americanos passarão de 650 para 165.
Para Aníbal Pires, "o Governo da República tem todas as responsabilidades no que está a acontecer", porque "nunca tratou do assunto convenientemente".
"O assunto não é um assunto da região. O assunto é um assunto do Estado e o Estado não defendeu os interesses regionais, porque não defendeu os interesses nacionais", afirmou Aníbal Pires, em declarações aos jornalistas.
Embora a redução "não estivesse fora de hipótese, a verdade é que quem ouviu o ministro da Defesa Nacional há (...) dias atrás não esperava que a resposta dos EUA fosse essa", disse Aníbal Pires, que é também deputado no parlamento açoriano.
Este eleito comunista referiu, também, que o grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República vai pedir a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia em sede de comissões parlamentares para que todo o processo seja esclarecido e se procurem respostas para que a região, e em particular a ilha Terceira e o concelho da Praia da Vitoria possam ser objeto de uma atenção especial, face à "diminuição drástica" de norte-americanos nas Lajes.
"Esta questão tem de ser respondida pelo Estado, a região com certeza que fará alguma coisa, mas é em primeira instância uma responsabilidade do Estado e é ao Estado que cabe dar a resposta ao problema que está causado agora com esta redução drástica da presença norte-americana na base das Lajes", considerou o responsável pelo PCP/Açores.