André Silva, o homem do momento, nasceu no “dia da publicação da atual Constituição da República Portuguesa", a dia 2 de abril de 1976, tem 39 anos, e chegou à Assembleia da República através do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).
Esta surpresa eleitoral fez frente ao Livre/Tempo de Avançar e ao Partido Democrático Republicano, que ficaram de fora do Parlamento, e faz história: desde 1999, altura em que o Bloco de Esquerda foi eleito, não entrava um partido novo no hemiciclo.
O porta-voz do PAN estudou Engenharia Civil em Coimbra, tendo-se especializado em recuperação do património arquitetónico e artístico. Pode ler-se no site do partido que “ganhou consciência política nos ambientes e tertúlias e discussão constante”, mas sempre longe dos partidos convencionais.
Em declarações ao jornal i, André Silva garante que pretende “fazer parte da solução através de convergências políticas”, com a salvaguarda de que segue a linha ideológica do partido – nem de esquerda, nem de direita.
O agora deputado, que esteve sempre perto da natureza, pois viveu com os avós agricultores, é vegetariano e, mesmo em Lisboa não dispensa uma horta de 50 metros.
Praticante de mergulho e biodanza, uma prática que faz convergir a comunicação em grupo como forma de autoconhecimento com a dança. Tem um cão, o Nilo, e descreve esta eleição como uma “alegria, a consciência e esperança numa nova forma de fazer política”, não descurando os objetivos do PAN.