“Jesus também tinha 2 pais” é o mote de um cartaz do Bloco de Esquerda que tem sido divulgado online e que dá conta da data em que o “Parlamento termina [com a] discriminação na lei da adoção”, lê-se no mesmo cartaz, em alusão à votação parlamentar de 10 de fevereiro.
A campanha tem causado polémica e merecido duras críticas de alguns setores da sociedade, e em particular dos partidos da Direita. Mas à Esquerda há também quem aponte críticas.
Marisa Matias, que ficou em terceiro lugar nas recentes eleições presidenciais, e que contou com o apoio do Bloco de Esquerda na sua campanha, admitiu que também não é fã do cartaz.
Questionada por um seguidor no Facebook, que lhe perguntava o que achava do cartaz, Marisa Matias respondeu: “Acho que saiu ao lado da intenção que se pretendia. Que foi um erro”.
Na mesma rede social, o jornalista e comentador Daniel Oliveira, que já esteve associado ao Bloco de Esquerda mas que se apresentou pelo Livre, nas últimas eleições legislativas, assumiu posição semelhante.
“Há algumas décadas que se tenta tirar a religião do debate político sobre a igualdade de direitos. Deste ponto de vista, o cartaz do Bloco de Esquerda, para além de não acrescentar qualquer argumento ao tema, é um péssimo serviço a esta causa. Não me choca, mas é sinal de imaturidade política e um retrocesso no debate sobre os direitos LGBT”, escreveu no Facebook.