Juventude Socialista quer legalizar a prostituição. Pede-se diálogo
A Juventude Socialista considera que a prostituição deve ser reconhecida pela legislação portuguesa, de forma a proteger as profissionais do sexo. Porque “o trabalho sexual é uma das grandes hipocrisias que ainda subsiste no século XXI”, disse João Torres em conversa com o Notícias ao Minuto.
© iStock
Política Legislação
A Juventude Socialista (JS) defende, há várias décadas, o reconhecimento e a legalização do trabalho sexual em Portugal. A iniciativa ganhou destaque depois de a França ter decidido punir os clientes que recorrem às trabalhadoras do sexo.
O secretário-geral da JS tem, desde março, vindo a reunir com várias organizações que integram a rede de trabalho sexual, no sentido de gerar diálogo sobre a matéria. “Sem pressões nem timings”, como o próprio faz questão de afirmar.
Em entrevista ao Notícias ao Minuto, João Torres explica que “cada cidadão deve ser livre na forma como pode ou não utilizar o seu corpo, ainda que este seja um princípio que muitas vezes choca o fator consciência”.
“Os trabalhadores do sexo em Portugal são totalmente marginalizados, porque desempenham uma atividade que não é minimamente reconhecida pelo Estado. Estão desprovidas de qualquer proteção social, quer no seu período ativo, quer quando possam reformar-se”, justifica o também deputado na Assembleia da República.
Por enquanto, não há um projeto-lei formulado nem uma posição oficial por parte do Partido Socialista. O que existe é uma vontade da JS de dialogar e refletir sobre uma “matéria sensível”.
“O trabalho sexual é uma das grandes hipocrisias que ainda subsiste no século XXI em Portugal”, lamenta o socialista, que luta assim por uma “evolução da mentalidade dos portugueses”, de quem espera recetividade.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com