Em 2013 Nuno Félix, que esta sexta-feira se demitiu após as notícias em torno das suas duas alegadas licenciaturas, que não completou, terá instigado os magistrados do Ministério Público e jornalistas a investigar as licenciaturas dos políticos em funções.
As declarações têm mais de três anos e terão sido proferidas no Facebook, segundo uma publicação hoje partilhada pelo social-democrata Carlos Abreu Amorim.
Trata-se de um print screen de um alegado comentário de Nuno Félix, datado de 4 de abril de 2013:
O alerta inside em especial sobre licenciados após o Processo de Bolonha, sendo que Nuno Félix oferece-se para “abordar o assunto” com quem quiser investigar, “a bem da República”.
Chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Nuno Félix alegava em Diário da República ter concluído duas licenciaturas, em Ciências da Comunicação e em Direito, mas eram ambas falsas. Pediu a demissão esta sexta-feira.
A formação académica na nota curricular de Nuno Félix incluía dois diplomas: em Direito na Universidade Autónoma de Lisboa e em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, instituição onde só esteve afinal inscrito um ano letivo.
Carlos Abreu Amorim foi uma das vozes mais críticas nesta polémica. O deputado manifestou a sua "maior preocupação" com o que diz ser “uma fraude" nos currículos dos Governo e disse tratar-se de um "padrão de mentira e encobrimento".