Passos Coelho disse esta quinta-feira não ter ficado surpreendido com a rápida promulgação do Orçamento do Estado por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.
“Foi tudo dentro do que estava esperado”, disse o líder social-democrata em Cascais durante um encontro com membros do Conselho da Diáspora das Comunidades Portuguesas.
O PSD votou contra o Orçamento do Estado na votação final global, mas o diploma foi aprovado com os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda, PCP, Os Verdes e PAN.
O Presidente da República promulgou o diploma esta quarta-feira, justificando, em parte, a decisão com o facto de este "apontar para um valor do défice aceite pela Comissão Europeia".
Argumento que não convence o PSD. Não basta “chegar aos objetivos a encolher a barriga, a suster a respiração, com medidas extraordinárias”, disse Passos Coelho.
“Para nós não basta que as metas para o défice sejam corretas e possam ser atingidas, interessa que a consolidação possa ser efetiva, sustentável”, reforçou.
Com o Orçamento aprovado, fica o desejo para o próximo ano: “que o Governo possa executar o novo Orçamento, melhor do que executou este [de 2016]”, com mais “transparência”, isto é, “assumindo os ‘planos B’” que tiverem de ser seguidos.
Questionado sobre a solução proposta aos lesados do papel comercial do BES, o líder social-democrata condenou o que diz ser uma "encenação" do Governo e desafiou António Costa a explicar o plano no Parlamento.