PS recorda lutador antifascista e prestígio na comunidade ciêntifica

O Partido Socialista (PS) manifestou hoje pesar pela morte de Mário Ruivo, que recordou como um lutador antifascista e uma das figuras de maior prestígio na comunidade científica internacional.

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Lusa
25/01/2017 14:04 ‧ 25/01/2017 por Lusa

Política

Óbito

Numa nota enviada à agência Lusa, o PS considera que Mário Ruivo, "para além de destacado democrata e lutador antifascista, foi um pioneiro da causa dos oceanos, internacionalmente reconhecido, relevando sempre a natureza decisiva do mar para o futuro da humanidade".

O biólogo e especialista em oceanografia Mário Ruivo morreu hoje em Lisboa, aos 89 anos, confirmaram à agência Lusa fontes oficiais do Ministério do Ambiente e do Conselho Nacional do Ambiente.

Para o PS, "a morte do professor Mário Ruivo constitui uma profunda baixa para Portugal, que perde uma das suas personalidades mais notáveis e inspiradoras, uma das suas figuras de maior prestígio na comunidade científica internacional".

O PS destaca ainda na mesma nota em que envia condolências à família e amigos que, em 2015, Mário Ruivo foi distinguido com o Prémio Cidadão Europeu, atribuído a quem contribua para a promoção do entendimento e a integração de cidadãos na União Europeia e a cooperação entre países.

Em termos políticos, o PS lembra ainda que Mário Ruivo "foi um incansável lutador contra a ditadura derrubada em Abril de 1974, o que lhe chegou a custar a prisão e a obrigatoriedade de se refugiar fora do país".

O seu papel "na bem-sucedida candidatura de Lisboa a sede da Agência Europeia de Segurança Marítima bem como enquanto coordenador da Comissão Mundial Independente dos Oceanos" também são referidos pelos socialistas.

Biólogo formado pela Universidade de Lisboa, Mário Ruivo especializou-se em Oceanografia Biológica e Gestão dos Recursos Vivos na Universidade de Paris -- Sorbonne.

Mário Ruivo foi presidente da Comissão Oceanográfica Intersetorial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e presidente do Comité para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO.

Entre 1995 e 1998 foi coordenador da comissão mundial independente para os oceanos e ainda conselheiro científico da Expo'98.

Entre outros cargos foi ministro dos Negócios Estrangeiros em 1974-75, secretário de Estado das Pescas, diretor-geral dos Recursos Aquáticos e Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas (1975-1979) e presidente da Comissão Nacional para o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (1974-1979).

Foi agraciado com vários galardões, como a Grã-Cruz da Ordem Nacional de Mérito Científico (Brasil), Grã-Cruz da Ordem de Mérito (Portugal), Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada (Portugal) ou Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (Portugal).

 

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