"Quero lá saber que e-mails foram trocados entre Centeno e Domingues"
Manuela Ferreira Leite diz ainda não ter percebido se, de facto, "querem dar cabo da Caixa".
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Política Ferreira Leite
Manuela Ferreira Leite diz estar "absolutamente perplexa" com a polémica em torno da correspondência entre Mário Centeno e o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que nem chegou a "aquecer o lugar". Correspondência essa que, segundo acusações dos centristas, revela que o ministro mentiu na Comissão de Inquérito.
No seu habitual espaço de comentário esta quinta-feira, na TVI 24, Manuela Ferreira Leite manifestou desagrado face à 'novela' da Caixa.
"Ainda não percebi se querem dar cabo da Caixa de vez ou se não estão interessados em colaborar na recuperação da CGD. Qualquer um dos cenários é absolutamente inaceitável", afirma a social-democrata, a quem estas "tricas" não interessam.
"Eu quero lá saber quais foram os e-mails trocados entre o ministro das Finanças e o presidente da Caixa que já não é presidente. Se ainda fosse, talvez ainda percebesse o interesse", explica, manifestando desagrado com a polémica acentuada hoje pelo CDS em conferência de imprensa.
Acresce ainda o facto de o capítulo da história de António Domigues na Caixa, fundamenta a comentadora, já ter chegado ao fim. "O senhor já se foi embora, já desapareceu da circulação da Caixa, já não temos nada a ver com ele, já temos outra administração em funções".
Ora, para Ferreira Leite, ao invés de estarmos todos juntos a contribuir, "quanto mais não seja para o silêncio - porque o silêncio é um bom contributo para deixar os outros trabalhar -, não deixamos o banco seguir o seu rumo". "Não largamos a Caixa, todos os dias na comunicação social, humilhando e desgastando a imagem da instituição", lamenta, frisando que a troca de e-mails entre Centeno e Domingues não é, de certeza, um problema da maioria dos portugueses.
"É realmente algo de insuscetível de ser aceite sem se pensar que não haja qualquer outra intenção por trás disto", critica. E com ironia, afirma ainda que faz "a justiça de pensar que os deputados estão preocupados com o país e com os problemas das pessoas".
Daquilo que a social-democrata entende, a novela em que o banco público está mergulhado é um problema meramente político". "É verdadeiramente inaceitável que se continue a falar todos os dias da Caixa", remata.
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