Secretário de Estado Jorge Gomes abandonou o cargo? Governo desmente
Segundo a RTP3, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, terá abandonado o cargo. Porém, o Governo desmente a demissão.
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Política Incêndios
O dia amanheceu com a informação, avançada pela RTP3, de que Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, terá abandonado o cargo que tinha no Governo, em consequência dos incêndios que abalaram o país nos últimos dias e que já levaram à morte de pelo menos 41 pessoas.
De acordo com o mesmo canal da estação pública, a decisão foi tomada esta madrugada, pelas 02h00.
No entanto, pouco depois, chegou o desmentido do Governo. Fonte oficial do Ministério da Administração Interna nega a demissão, indica a mesma RTP3. O Notícias ao Minuto tentou entrar em contacto com o gabinete de Constança Urbano de Sousa, mas até ao momento sem sucesso.
Há meses que a pasta da Administração Interna tem estado debaixo de fogo, inicialmente devido à tragédia de Pedrógão Grande e, mais recentemente, aos incêndios de outubro. Contudo, primeiro-ministro e ministra da Administração Interna concordaram no facto de não ser a altura certa para a demissão, mas antes para a ação.
No entanto, surge agora a notícia de que o secretário de Estado será a primeira baixa a reboque da vaga de incêndios que fez recordar a tragédia de Pedrógão.
Na oposição pedem-se responsabilidades políticas e o CDS decidiu mesmo apresentar uma moção de censura ao Governo. Para o primeiro-ministro, este anúncio é visto com "normalidade", sendo um "direito constitucional". Porém, Costa, que tem estado debaixo de fogo pela forma como está a gerir este dossier, nomeadamente pela frieza que lhe tem sido apontada, reitera que é tempo de "arregaçar as mangas e tratar de nos reerguermos".
Nesta equação não pode ainda ser ignorada a variável do discurso de ontem do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa foi duro para com o Governo que muitos em tempos acusaram de 'levar ao colo'. Numa intervenção emotiva, o chefe de Estado fez uma espécie de ultimato ao Executivo liderado por Costa e praticamente abriu a porta à saída da ministra da Administração Interna.
[Notícia atualizada às 07h38]
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